Setembro Lilás: valor da saúde (também) mental

Material divulgado nesta semana à imprensa dá foco em evento relacionado à campanha Setembro Lilás, mês de conscientização sobre o Alzheimer. Denominado “Despertando a Sociedade para a Saúde do Cérebro”, ele chega à sexta edição, híbrida, 100% gratuita, no próximo dia 14, das 8h30 às 12h, com a participação de renomados profissionais da área no Brasil, que vão debater temas relacionados ao “envelhecimento saudável”.

Organizado pelo Supera – Ginástica para o Cérebro e a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), o evento conta com apoio da prefeitura de São Paulo, Gaialzheimer, Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), Associação dos Bolsistas Jica (ABJICA), Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) e Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), com patrocínio de Biolab, Tena, Knight, O Boticário, Senior Concierge e Duarte Cuidadores.

Entre os temas do encontro, destacam-se: “A Doença de Alzheimer é Genética? O que dizem as pesquisas”, com Jerusa Smid, médica neurologista do HC-FMUSP; “Avanços e Tratamentos na Doença de Alzheimer: o que diz a ciência?”, com Sonia Brucki, médica neurologista do HC-FMUSP; “Plano Nacional de Demência: Estigmas e Mitos Relacionados às Demências, como Combatê-los”, com a professora doutora Elaine Mateus, da Febraz, e Leandro Minozzo, médico geriatra da Feevale; “Direitos da Pessoa com Demência”, com a advogada Alexsandra Manoel Garcia; “A Estimulação Cognitiva como Fator de Proteção Contra Declínio Cognitivo”, com a professora Mônica Yassuda, da EACH-USP, e a professora Thais Bento Lima, do HC-FMUSP e da EACH-USP; e “Diálogo entre Cuidadores: Alzheimer – Amor e Acolhimento (depoimento família), com a professora Thais e a jornalista Silvia Haidar.

Os moderadores serão o diretor do Supera Online e organizador do evento, Luiz Carlos de Moraes, e a jornalista Lilian Liang.

De acordo com dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE, em dez anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população.

Em números brutos, esses dados representam um aumento de cerca de 9 milhões de idosos no Brasil, sendo que cerca de 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência no país (Fapesp 2023). Existem, portanto, muitos desafios com o envelhecimento da população brasileira.

“A sexta edição do evento vem com muita força, com grandes nomes da ciência e do tratamento às doenças demenciais e à doença de Alzheimer em nosso país. O Supera reforça o seu papel de protagonista na conscientização e prevenção, em parceria com a Associação Brasileira de Gerontologia e demais apoiadores, sempre com o objetivo de trazer ao debate as melhores práticas relacionadas à saúde da pessoa idosa”, afirma Moraes.

Thais, gerontóloga e parceira científica do Supera, alerta que boa parte das pessoas não tem consciência de sua condição demencial, e esses números tendem a aumentar.

“Com o aumento da incidência de declínio cognitivo no Brasil, é cada vez mais necessário serviços e profissionais especializados em demências para que pacientes, cuidadores familiares e cuidadores formais possam ter maior qualidade de vida e suporte para lidar com o avanço do quadro clínico da doença”, afirma.

Ela esclarece que a lei, sancionada no dia 4 de junho deste ano de 2024, para a Política Nacional de Cuidado às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências, que estava em tramitação desde 2020, traz diretrizes discutidas pela sociedade civil e alinhadas com as recomendações de governança e evidências cientificas da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da ADI (Alzheimer’s Disease International).

“Os destaques da nova lei são o melhor diagnóstico e tratamento pelo SUS, a capacitação de profissionais de saúde, mais suporte para cuidadores e os programas de amparo a idosos em entidades de longa permanência. Esta lei é fruto do protagonismo e mobilização vigorosa da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer)”, aponta Thais.

As diretrizes do Plano Nacional em Demência incluem ações de prevenção de novos casos. Cientificamente, sabe-se que um dos fatores neuroprotetores mais importantes é a realização de exercícios intelectuais, popularmente conhecidos como exercícios de ginástica cerebral. Estes exercícios ilustram as metas e as ações estabelecidas pela OMS para a redução de risco de demências.

“No Brasil, o Método Supera oferece um programa multifatorial de estimulação cognitiva como estratégia para postergar doenças que podem aparecer na fase adulta e na velhice. É uma escola especializada em estimulação cognitiva para todas as idades, a famosa ginástica cerebral que fornece atividades intelectuais e desafiadoras capazes de promover a qualidade de vida e saúde do cérebro, a partir de um método específico baseado nos princípios das neurociências e em estudos científicos internacionais de treino cognitivo e do desenvolvimento humano”, conforme o material divulgado à imprensa.

“A estimulação cognitiva segue os princípios de novidade, variedade e desafio crescente, que funcionam como estimuladores de novas conexões neurais. Sabe-se que os exercícios podem gerar efeitos protetores de declínio cognitivo ou postergar o aparecimento de um quadro demencial. Quanto mais se usa o cérebro, melhor ele funciona e mais protegido ele ficará de doenças e da degeneração. Por isso, além da boa nutrição, dormir bem, fazer atividades físicas e ginástica cerebral são muito importantes para a memória permanecer saudável durante o processo de envelhecimento normal”, finaliza a especialista.

Para participar presencialmente do evento, que terá transmissão pelo Youtube, deve-se fazer a inscrição pelo portal do Método Supera (www.metodosupera.com.br). Presencialmente, ele acontecerá no Teatro Gazeta, à avenida Paulista, 900, em São Paulo, capital.