Amanda Mageste
Sessão registrou debate sobre internações de dependentes químicos
Não houve votação de projetos na sessão ordinária da Câmara Municipal de terça-feira, 1º. A noite foi marcada, apenas, por leitura de requerimentos e moções.
O requerimento de número 442/14, de Alexandre de Jesus Bossolan (DEM), solicitando informações sobre ações do Comad (Conselho Municipal Antidrogas), gerou questionamentos entres os vereadores.
Bossolan fez uso da palavra para explicar o que, pelo requerimento, buscava informações sobre o endereço do Comad, telefone e cópias de prontuários de pessoas que foram internadas.
Ele disse que entrou no portal da “Transparência”, pelo site da Prefeitura, e encontrou uma prestação de contas de 2013, de um montante de mais de R$ 1 milhão gasto com internações compulsórias. Por conta disso, argumentou que “gostaria de saber se o Comad está ciente”.
Segundo Bossolan, o valor seria para 600 internações compulsórias de dependência química em regime fechado.
No decorrer da sessão, o vereador André Marques (PT) afirmou que conferiu no site “JusBrasil” as informações passadas por Bossolan, acrescentando que fora feita uma ata de registro de preço.
“Em resumo, é o contrato entre a Prefeitura e a instituição. A partir da decisão da Justiça, sim, a Prefeitura paga por aquilo, mas não quer dizer que já foram feitas internações de 300 ou 600 pessoas. Ela pode fazer isso, é um contrato”.
O petista, anteriormente à explicação, disse que Paulo Martins, presidente do Comad Tatuí, está “empenhando-se bastante no caso de uso de drogas na cidade”.
Sustentou, também, desconhecer a informação de que há tantas pessoas internadas, mas que gostaria de acompanhar Bossolan no pedido de informações.
De acordo com Bossolan, a Associação Benéfica dos Amigos do Recanto Renascer, situada em Votorantim, ganhou a licitação para internações.
Conforme Bossolan, a cidade está vivendo um “momento crítico” na questão das drogas. “Por isso, é importante uma ação efetiva para auxiliar os usuários”.
Dione Batista (PDT ) disse que foi até a clínica que venceu a licitação e que o local é “muito bom”, mas não obteve informações sobre a quantidade de internos.
“Vamos aguardar a resposta, está aqui o requerimento, vamos aguardar o trâmite legal, para que essa resposta venha”, finalizou Bossolan.