Em nova visita a Tatuí, para a 4ª Conferência Municipal de Cultura, o secretário estadual da Cultura, Romildo Campello, afirmou que o brasão do município poderia ser atualizado.
Campello ministrou palestra sobre empreendedorismo cultural em evento promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, juntamente com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, quinta-feira, 29 de novembro.
Realizado no teatro do Centro de Artes e Esportes Unificados “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”, o CEU das Artes, o debate tinha objetivo de estabelecer as diretrizes da política cultural, opinando sobre o empreendedorismo cultural e a realização de ações para o ano de 2019.
Citando os ramos de café frutificado, à direita, e de algodão, à esquerda, além do da roda dentada no centro inferior do brasão, Campello sugeriu a alteração.
Originalmente, os ramos de café e algodão recordam as duas principais culturas do município, e a roda dentada é a representação das indústrias.
O secretário estadual reconheceu que, no passado, a riqueza do município era a agricultura e, no “futuro”, era a indústria. Segundo ele, naquele momento, via-se na indústria o único “construtor” de futuro e a grande esperança de geração de empregos e renda.
Porém, Campello propôs a atualização do brasão retirando-se a engrenagem, a ser substituída por uma clave de sol ou uma outra nota musical.
“A nova riqueza de Tatuí ainda não está representada no seu brasão, que é a música e a cultura”, declarou o secretário estadual.
“É uma nova onda de desenvolvimento da cidade, sem perder a agricultura, sem perder o que há de indústria e comércio, mas uma nova era, que precisa ser visualizada e entendida para ser materializada”, complementou.
De acordo com Campello, Tatuí possui todos os componentes “na mão” para estimular o desenvolvimento econômico da cidade. Segundo o secretário, “não há fronteiras, pois é um produto que pode ser vendido internacionalmente e Tatuí receber pessoas do mundo inteiro”.
A partir de abril de 2017, durante o governo de Geraldo Alckmin, Campello atuou como secretário-adjunto da Cultura no estado, tendo José Luiz Penna como titular da pasta.
Um ano depois, com a saída de Alckmin para pleitear o cargo de presidente da República, o então vice-governador Márcio França assumiu, Penna deixou a Secretaria Estadual da Cultura e Campello foi nomeado.
Em razão do novo governo estadual, que assumirá a partir de 1º de janeiro, Campello deixará a secretaria estadual no final deste ano.
Em apenas oito meses como secretário da Cultura, ele visitou Tatuí em três oportunidades. A primeira ocorreu no mês de julho, para a abertura oficial da sexta edição da Feira do Doce.
Em setembro, ele voltou à cidade, durante o primeiro fórum regional de relançamento do projeto Pontos de Cultura, no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”.
O secretário estadual crê que o saldo na função é positivo. Segundo afirmou, houve muitos avanços e ele “conseguiu abrir as portas da Secretaria da Cultura para os artistas e para os municípios que não tinham uma relação tão próxima”.
Conforme Campello, ele espera deixar um legado para a cultura com o aplicativo “Sistema Estadual Cultural” – que consta a agenda de eventos e atividades culturais – e a disponibilização da Nota Fiscal Paulista para entidades sem fins lucrativos.
“São dois exemplos de ações que ficam dessa gestão”, assegura.
O secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, parabenizou Campello. “A grande marca de Campello foi trazer os eventos para o interior”, ressaltou Sinisgalli.
Por fim, o secretário declarou que criara uma relação carinhosa e fraternal com Tatuí.
“Além dos doces que eu levo e carregarei no meu peso por mais um tempo”, brincou.
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