Já há alguns anos, vizinhos da Escola “Chico Pereira”, em especial os residentes à rua Coronel Bento Pires (nem todos), insistem em colocar seus lixos no portão do estacionamento da escola; muitas vezes, na frente do portão, impedindo entrada e saída de carros, tendo o professor que sair do carro para retirar o lixo ali depositado.
Essas atitudes ocorrem há determinado tempo (décadas, talvez), sem que nenhuma providência fosse tomada pelos órgãos responsáveis (saúde pública em especial).
Através do diálogo, tentamos de várias formas solucionar um problema que, na realidade, nem nosso é. Seria, de fato, obrigação de todos a prevenção, em especial.
Nenhuma das medidas, até o momento, conseguiu demovê-los da atitude inconveniente e desagradável. Simples se cada um assumisse sua responsabilidade!
Essas atitudes, infelizmente, além de deixarem o espaço sujo, inapropriado, inadequado e impróprio para aprendizagem, comprovam o péssimo comportamento daqueles que se acham acima da lei; insistem em “se livrar dos seus lixos”, simplesmente, colocando na frente da escola.
Uns alegam que isso é problema antigo, problema cultural. Cultura de jogar o próprio lixo alheio, muitas vezes solto, sem estar acondicionado de forma adequada, ainda no espaço que nem lhes pertence? Seria cultura o nome desse tipo de atitude?
Cultura da sujeira, do lixo e do desrespeito ao espaço do outro?
Precisamos fazer valer a cultura de respeitar o próximo, respeitar o espaço do outro; de praticar a prevenção, a orientação, a conservação daquilo que é de todos.
Alegar falhas do governo, culpabilizar o outro, talvez seja o caminho dos descaminhos daqueles que não se respeitam, nem a si, nem aos demais!
Questionar falhas de todo tipo de governo (seja em âmbito federal, estadual ou municipal), acaba sendo comodismo, em especial aos que se omitem em fazer o mínimo possível, ou seja, a sua parte.
Recentemente, além do diálogo, essencial em uma democracia, colocamos cartazes visando à prevenção, à limpeza do espaço, solicitando que não se jogasse lixo naquele local; esses mesmos “cidadãos” rasgaram os cartazes, e quando confrontados, alegam não querer na frente de suas casas moscas, insetos e ratos; como se na escola fosse adequado a tais fatos; tendo a escola que cuidar além de seu limite, responsabilidade, ainda mais daqueles que se recusam e se negam as suas próprias (ir)responsabilidades.
Quem não se respeita, nem aos demais, espera o quê? A Lei…
Em tempo: as providências, conforme o rigor da lei, estão sendo tomadas pela escola, pois pessoas que agem com insensatez, na ânsia de “levar vantagem em tudo”, mesmo prejudicando a comunidade da qual integra, “merece” que a lei devolva na mesma proporção.
Marco Antônio Vieira
Diretor da E. E. “Chico Pereira”