Santa Casa local deve fechar a fisioterapia ambulatorial





Arquivo O Progresso

Nanete confirmou pedido e disse que fechamento será em 102 dias

 

A Santa Casa de Misericórdia deve romper o contrato com a Prefeitura que prevê a prestação do serviço de fisioterapia ambulatorial. O objetivo é fechar o setor num prazo de 102 dias.

A diretoria da unidade confirma o término das atividades, uma vez que a Vigilância Sanitária emitiu negativamente o LTA (laudo técnico de avaliação), após vistoria no prédio onde o atendimento da fisioterapia é realizado.

O setor da fisioterapia ambulatorial, segundo a provedora, Nanete Walti de Lima, atente os munícipes com problemas ortopédicos e respiratórios e não aos pacientes do hospital.

A provedora afirmou que o serviço era realizado numa casa alugada pela Santa Casa, com o valor mensal de R$ 1.000, na rua Maneco Pereira. Porém, como o preço iria aumentar em janeiro deste ano, ela optou por levar o serviço para o hospital.

Em fevereiro, a fisioterapia ambulatorial começou a funcionar no prédio onde estava o setor administrativo da Santa Casa. “Achei que não haveria problema em trazer para a Santa Casa, porque, antigamente, o serviço já funcionou nesse prédio”, disse Nanete.

Após a fisioterapia ambulatorial ser remanejada para a estrutura da SC, a provedora entrou em contato com a Vigilância Sanitária para a emissão do LTA.

Após a vistoria do órgão, em agosto desse ano, constou-se que adaptações no local seriam necessárias. Segundo a provedora, a Vigilância emitiu laudo solicitando a mudança do piso, das janelas, construção de mais banheiros e de uma nova recepção, além de disponibilizar armários aos pacientes.

“Se insistirmos em realizar o serviço no lugar que a Vigilância não aprovou, recebemos multas. E isso complicaria a nossa situação”, afirmou Nanete.

A provedora contou que entrou em contato com o secretário da Saúde, José Luiz Barusso, e disse que não pretendia mais seguir com a fisioterapia ambulatorial, pois a Santa Casa não teria condições de financiar as adaptações.

“A secretaria, agora, está procurando outro imóvel para a fisioterapia. É complicado de achar porque o local tem que atender às exigências da Vigilância Sanitária”, disse Nanete.

No laudo emitido pela Vigilância Sanitária, a Santa Casa teria até o dia 14 de setembro para iniciar as adaptações no prédio da fisioterapia ambulatorial.

Porém, Nanete solicitou ao órgão prazo maior para continuar com o atendimento, enquanto a Secretaria da Saúde procura outro local para manter o serviço.

Desta maneira, a Vigilância Sanitária atendeu ao pedido da provedora e enviou ofício ajustando o prazo para o dia 14 de janeiro de 2014.

Nanete explicou que a população não ficará sem a fisioterapia ambulatorial, pois o mesmo tratamento é oferecido nas UBS (unidades básicas de saúde). “Existe nos postos, mas a demanda é muito grande. Acredito que, até o final do prazo, a Saúde encontrará um lugar adequado para a fisioterapia”.

A provedora também ressaltou que a Santa Casa está financeiramente estável e que manterá o setor da fisioterapia hospitalar, a qual trata pacientes, principalmente, na UTI e na pediatria. “Continua do mesmo jeito, não tem como parar”.

Nanete também afirmou que os funcionários da fisioterapia ambulatorial não devem ser demitidos.

A provedora lembrou que a Santa Casa espera receber R$ 1 milhão oriundo de verbas solicitadas a deputados estaduais e federais. Mas o dinheiro deve ser utilizado para a reforma da farmácia, do setor de raios-X e do refeitório.

“Esses pedidos foram enviados no ano passado e já tivemos respostas afirmativas. No entanto, nos solicitaram uma série de documentos. Isso demora. A Vigilância deu um prazo, e nós não quisermos arriscar”, analisou a provedora da Santa Casa.