A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a CMDC (Coordenadoria Municipal da Defesa Civil) realizaram vistoria em uma residência onde ocorreram infiltração e refluxo de águas pluviais e de esgoto. O caso foi noticiado por O Progresso na edição de 12 de abril.
De acordo com o gerente regional da Sabesp, Adriano José Branco, o problema relatado por moradores da residência na rua Antonio Orlando Salmasi, no Jardim Rosa Garcia, não tem como causa os sistemas de água e esgoto operados pela empresa.
Conforme Branco, técnicos da concessionária visitaram a residência no dia 17 de janeiro, depois de chamado feito pela proprietária da casa, Cláudia Simões Idro. Na vistoria, foi constatado “o funcionamento adequado dos sistemas da Sabesp”.
O problema de infiltração pode causar instabilidade no quarto da filha de Cláudia. Devido a algum tipo de infiltração no cômodo, o piso está oco. Pedreiros e moradores da residência preencheram o buraco diversas vezes com terra, entretanto, o serviço foi em vão.
Após o contato feito por O Progresso na semana passada, funcionários da Sabesp voltaram a realizar inspeções na residência, na quarta-feira, 12. Novamente, de acordo com o gerente, o sistema estava funcionando normalmente.
“O que acontece é que, quando chove, enche a casa de água. Eu não sei se lá tem rede pluvial ou se a água da chuva corre pelas vielas. Segundo a moradora, a água entra pela parede do quarto da filha”, argumentou o gerente.
Segundo a moradora, há pouco mais de um ano, a Prefeitura e a Sabesp realizaram intervenções na região, que fica próxima à linha férrea operada pela Rumo Logística (antiga ALL – América Latina Logística).
O gerente esclareceu que a intervenção teve como objetivo a urbanização da região. O local recebeu encanamentos de água e esgoto, a pedido da Prefeitura. “Da nossa parte, foram feitas as tubulações de distribuição de água e de coleta de esgoto. O que é nosso, está normal”, ressaltou.
Na semana passada, o coordenador da CMDC, João Batista Alves Floriano, realizou vistoria na residência e apontou que ela não está em risco. Floriano destacou que entraria em contato com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e com a Sabesp para que realizem novas análises.
“Precisamos, agora, que a Secretaria de Obras realize a vistoria dos encanamentos de água pluvial para ver se tem alguma ruptura, pois a casa alaga bastante quando chove e há um sumidouro embaixo de um dos quartos”, declarou.
O coordenador da Defesa Civil afirmou que, conforme a verificação a ser realizada pelos engenheiros da Secretaria de Obras, pediria para a dona da casa o reforço das paredes da residência.
A investigação sobre a causa dos alagamentos vai se estender à inspeção das ligações de esgoto e águas pluviais, que podem causar refluxo em dias de chuva. Outra possibilidade é que a invasão de água na moradia ocorra pelo muro externo, onde costumeiramente há acúmulo de líquidos.
“De qualquer forma, pedimos para que a Rumo Logística faça a limpeza das galerias que ficam perto da linha férrea, pois é responsabilidade deles”, ressaltou.