Mulheres vítimas de violência doméstica e com medidas protetivas têm à disposição um aplicativo gratuito chamado “S.O.S. Mulher”. O dispositivo permite que as vítimas possam pedir socorro quando estiverem em situação de risco, apertando um botão por cinco segundos.
De acordo com a comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar de Tatuí, capitão Bruna Carolina dos Santos Martins, a medida busca agilizar e priorizar o atendimento de mulheres, homens e crianças com medidas protetivas, deslocando as equipes mais próximas do local da ocorrência.
O chamado também vale caso o interessado não consiga realizar o cadastro, esteja com problemas no aplicativo ou para quem não possui medida protetiva e precisa pedir socorro.
Para usar o aplicativo, que está disponível no Google Play ou na App Store, é necessária a realização de um cadastro com os dados pessoais para que as informações possam ser checadas junto ao Tribunal da Justiça de São Paulo. Somente após a confirmação positiva da ferramenta o serviço pode ser utilizado.
A comandante explica que, após apertar por cinco segundos o botão do aplicativo “S.O.S. Mulher”, é gerada, automaticamente, uma ocorrência de risco à integridade física pelos Centros de Operações da Polícia Militar (Copom) em todo o estado de São Paulo.
O atendimento será priorizado e a PM utilizará as coordenadas geográficas da pessoa – entre outros dados do cadastro – para encaminhar a viatura policial mais próxima para atendimento imediato à vítima.
“Após a chegada da equipe policial no endereço, é essencial que o usuário apresente a decisão do juiz, comprovando o descumprimento da medida protetiva e as providências decorrentes, para que a equipe policial possa continuar o atendimento”, explicou.
Em caso de acionamento indevido, a pessoa deve contatar a PM rapidamente pelo telefone 190 e cancelar a ocorrência.
“O aplicativo é mais uma ferramenta para as pessoas, principalmente mulheres, que já têm medidas protetivas e que podem sofrer violência doméstica, ameaçadas por parceiros, e até feminicídio”, comentou a capitão.
A orientação, conforme Bruna, é que toda e qualquer mulher que tenha medida protetiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo se cadastre no “S.O.S. Mulher”.
“Tendo qualquer situação em que ela se sinta vulnerável ou em situação de risco, ela poderá apertar o botão de pânico e acionar a PM”, concluiu.