Na sexta-feira, 12, foi confirmado um registro de zika vírus no município. Em palestra no Lions Clube, a Vigilância Sanitária de Tatuí confirmou o caso, ocorrido no ano passado.
A paciente tem mais de 60 anos e contraiu o vírus em viagem ao Estado do Mato Grosso. O tratamento foi feito em novembro e a paciente está completamente recuperada.
As principais diferenças entre a dengue, a febre chikungunya e a zika estão na intensidade dos sintomas. Entre essas doenças, a dengue é a que apresenta mais riscos aos pacientes.
O tratamentoé praticamente o mesmo, já que não existem medicamentos específicos para nenhuma dessas doenças. É recomendado que o paciente procure o mais rápido possível uma unidade de saúde e jamais automedicar-se, permanecer em repouso e beber bastante líquido.
‘Dia D’ em Tatuí
A Prefeitura, por meio das secretarias da Saúde e de Esporte, Lazer e Juventude, realizou, no sábado, 13, o “Dia D” de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e febre chikungunya.
O “Dia D” é uma campanha nacional, realizada pelo Ministério da Saúde, de conscientização sobre a gravidade das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, preocupação de autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Em Tatuí, foram três ações simultâneas durante todo o dia, envolvendo cerca de 50 profissionais e voluntários.
A Secretaria de Saúde está reforçando as ações informativas e preventivas durante todo o mês de fevereiro, devido aos surtos de zika e febre chikungunya que estão sendo registrados em diversas cidades brasileiras.
O número de casos de dengue em janeiro diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado. Com 36 casos notificados, dois foram confirmados – um autóctone (contraído na cidade) e um importado. Em janeiro de 2015, houve 26 notificações, sendo confirmados um caso autóctone e nove importados.
Apenas em 2015, houve 1.331 casos de dengue notificados, suja maior parte foi contraída na cidade. Foram 571 confirmações, com 434 casos autóctones e 137 importados. Destaque para os meses de março e abril, com 327 e 374 casos, respectivamente.
Na Praça da Matriz, agentes de vetores abordaram a população com panfletagem de material educativo, cartilhas, faixas e cartazes contendo informações sobre o mosquito e as doenças que ele transmite, além de orientações de limpeza e saúde.
Os agentes também esclareceram dúvidas dos transeuntes e visitaram os estabelecimentos comercias da região, distribuindo cartazes com instruções de combate ao mosquito.
Também na Praça da Matriz, um passeio ciclístico reuniu 30 pessoas como reforço à causa e incentivo às “práticas saudáveis”, realizado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude.
Inaugurando as visitas do “Dia D”, o Jardim Santa Rita recebeu agentes comunitários e equipes de enfermeiros, que visitaram as casas vistoriando possíveis focos do mosquito, ensinando a população sobre como evitar os criadouros e orientando sobre os cuidados em casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes.
As visitas dos agentes comunitários e enfermeiros continuam no próximo sábado, 20, no Jardim Gonzaga e na vila Angélica.
“É essencial que a população abra a porta de suas casas para os agentes, eles são devidamente treinados para encontrar os possíveis criadouros, são lugares que, muitas vezes, as pessoas nem se lembram de limpar”, explicou Marilu Rodrigues da Costa, coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Outra ação realizada no “Dia D” foi a de limpeza do Cemitério Municipal Cristo Rei, na avenida Cônego João Clímaco. A limpeza foi feita por voluntários de grupos de jovens, os quais recolheram todos os tipos de materiais inutilizáveis, eliminando possíveis criadouros.
Qualquer pessoa ou grupo pode se voluntariar junto à Secretaria de Saúde e colaborar nas ações de combate durante todo o ano.
“A colaboração que pedimos da população é que cuide do seu imóvel, mantenha-o limpo e livre de possíveis criadouros. Quem tem imóveis fechados ou terrenos deve fazer visitas semanais e verificar minuciosamente. Até um vaso sanitário é um risco. A poda de mato também é essencial”, apontou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Em imóveis vazios, a orientação é que os proprietários coloquem sabão em pó nos vasos sanitários e ralos, não deixem folhas e sujeira acumuladas no chão, telhados e calhas. As vistorias semanais devem ter maior frequência nos períodos chuvosos.
Os terrenos devem permanecer com o mato baixo, sem sujeira ou entulho. Lembrando que a prática de queimadas é proibida, terrenos devem ser limpos com poda e capinagem.
Caso o cidadão note algum imóvel ou terreno abandonado, sem limpeza, que apresente risco à população, deve comunicar à Secretaria de Saúde. Em casos graves, a Vigilância Sanitária é acionada e o dono do imóvel pode ser penalizado. O telefone da Secretaria de Saúde é o (15) 3305-8855.
As recomendações gerais das autoridades sanitárias são voltadas à prevenção da proliferação do mosquito, já que ainda não existem outras medidas de controle, como vacinas.
A principal medida a ser tomada é evitar água parada, eliminando possíveis criadouros, em vasos e pratos de plantas, ralos, pneus, calhas e outros recipientes.
As caixas d’água devem ser mantidas limpas e protegidas com tampa. Lugares não tão comuns também devem ser observados, como ar-condicionado, coletores de água da geladeira, folhas no jardim, tampas de garrafa e até mesmo os espaços entre pisos do quintal, que podem acumular água.