
Redes sociais e pesquisas são os serviços mais utilizados por quem vai ao telecentro do município. Localizado no CEU (Centro de Esportes Unificados) “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”, o espaço recebe pessoas das mais variadas idades, conforme a orientadora Margarete Santos de Oliveira.
O público que vai ao espaço é composto por crianças, jovens e adultos do entorno do Boqueirão, com predominância de pessoas entre 12 e 25 anos. “Eles vêm aqui para realizar várias ações, de navegar na internet a se comunicar com parente”, contou Margarete.
A frequência é maior nos meses de férias (final de um ano, início de outro e em julho), segundo a encarregada de monitorar as atividades. Margarete é, também, responsável pela orientação dos usuários e trabalha na unidade desde o início de 2015.
O telecentro conta com quatro computadores, com acesso liberado às pessoas sem necessidade de cadastro antecipado. A funcionária explicou que a equipe do Departamento de Tecnologia da Informação da Prefeitura – que administra o espaço – decidiu fixar um tempo de uso dos equipamentos de forma a permitir que mais pessoas possam realizar pesquisas, digitar textos e navegar na “internet”.
Cada pessoa tem direito de permanecer no terminal por até 40 minutos. “Depois desse tempo, o sistema desliga o equipamento automaticamente”, disse Margarete.
Segundo ela, a limitação entrou em vigor no ano passado e possibilita a um maior número de pessoas o uso aos equipamentos. Em casos especiais, a orientadora libera um tempo extra para que o usuário possa continuar o que estava fazendo.
Entretanto, Margarete ressaltou que nem sempre é possível permitir esse alongamento. Os pedidos são analisados. “É preciso ter cautela porque se todos quiserem que abramos exceção quase ninguém vai conseguir usar os computadores”, disse.
Os terminais são empregados, ainda, na realização de cursos rápidos abertos para a comunidade. Quando há interesse, as pessoas informam nome para a orientadora. A listagem é repassada a um professor voluntário que discute com os futuros alunos quais dias da semana e horários são melhores para as aulas.
“No ano passado nós tivemos várias turmas. Neste ano, ainda não abrimos por estarmos no começo do ano. Mas, quem se interessar pode dar o nome”, reforçou.
Para frequentar o espaço é preciso apenas informar o nome para fins de registro. Como muitos dos usuários são de bairros do entorno do telecentro e frequentam o CEU, Margarete declarou que eles já conhecem o procedimento.
Antes da implantação do sistema que prevê bloqueio em 40 minutos, a orientadora disse que a equipe mantinha um registro mais detalhado. Entretanto, com a limitação e pela proximidade com o público, houve uma simplificação.
“O forte são as redes sociais, mas as pessoas vêm aqui para fazer de tudo um pouco”, contou. A única “limitação” do telecentro é o fato de se não ser possível imprimir documentos, como boletos, textos e currículos. Contudo, os usuários podem utilizar o tempo de acesso para elaborar o próprio material e enviá-los por e-mail. Todos os equipamentos possuem acesso à internet.
Entretanto, como as pessoas buscam mais as redes sociais, Margarete disse que o telecentro passou a ser utilizado por pessoas que não dispõem de equipamentos móveis, como celulares ou “tablets”. O motivo é que o CEU ganhou rede “wi-fi” grátis. Quem vai ao centro tem a possibilidade de conectar os dispositivos apenas buscando pela rede e escolhendo a opção de conexão.
O espaço funciona das 8h às 20h todos os dias da semana, exceto feriados. O telecentro fica na rua Ana Rosa Monteiro, 475, no Jardim Santa Helena. Ele é considerado fundamental pela orientadora no trabalho de inclusão digital. “É, realmente, muito importante, porque possibilita socialização”, avaliou.
Margarete afirmou que o uso gratuito dos equipamentos também representa mais conhecimento para a população. “As pessoas podem ficar mais atualizadas sobre tudo. Qualquer assunto que quiserem se aprofundar, basta teclar e pesquisar na internet. Claro que é importante ter um equilíbrio do uso”, declarou.
Apesar de não ter restrição de idade, Margarete disse que os equipamentos do telecentro podem ser mais bem aproveitados por pessoas acima de 8 anos de idade. “Dessa idade em diante, a criança já tem autonomia”, argumentou.
Os mais velhos que não têm acesso a computador e não estão familiarizados com o uso do equipamento recebem treinamento. A orientadora repassa instruções básicas para que eles possam concluir as tarefas que desejarem.







