Da redação
O Subsolo – Laboratório de Arte de Campinas abre neste sábado, 3, às 11h, a exposição “Jardim de Pandora”, da artista visual tatuiana Raquel Fayad. A mostra conta com pinturas e vídeos “repletos de insetos e criaturas imaginárias”.
Os interessados podem agendar visita pelo (11) 94965-5722, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 17h, até 2 de outubro. O espaço cultural está localizado na rua Proença, 1.000. O evento segue os protocolos relacionados à pandemia de Covid-19.
O projeto “Jardim de Pandora”, uma contrapartida ao prêmio ProAC Expresso LAB 2020, é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Conforme a assessoria de comunicação da artista, para gerar as “criaturas” e formar o “Jardim de Pandora”, Fayad investigou a floresta e os habitantes desse “universo orgânico mutante, desde o nano até o macro, do real ao imaginário”.
“Nutrida pelas cenas observadas, a artista as transforma em pinturas em telas e papéis, se utiliza de lascas de madeiras para falar das descobertas, desenha e reflete sobre sua busca de uma matriz estética presente na metamorfose dessas relações e de um discurso pictórico interdisciplinar que a coloca em constante questionamento”, ressalta a assessoria.
O resultado da pesquisa também inclui vídeos, sendo que dois, “Metáforas” e “Jardim de Pandora”, serão exibidos no interior do espaço e um terceiro chamado “Transversos”, sob direção de Mônica Ogaya, mostrando os processos de criação e metamorfose da artista, será projetado na área externa, “criando um diálogo arquitetônico com um local constituído por plantas, justamente por onde caminham e vivem muitos dos insetos de Fayad”.
Os transeuntes que estiverem passando pela rua Monte Castelo, entre os números 600 e 666, poderão assistir ao vídeo, a ser projetado a partir das 19h30 deste sábado.
O projeto de “Jardim de Pandora” dá continuidade à instalação “Nem todas as Criaturas Deixam Rastros”, realizada no ano passado, também no Subsolo. Naquele momento, foi apresentada somente uma série em pinturas em muros e papel, embalada por música incidental executada pela própria artista visual, que também é musicista.
“A partir da aproximação com o curador Andrés Hernández, dos diálogos e provocações dele, Fayad se debruçou sobre sua pesquisa e produziu novas obras de arte, que chegam agora no espaço cultural”, destaca a assessoria.
“Acompanhar e descobrir sobre a ecdise de uma cigarra – processo que ocorre em artrópodes e caracteriza-se pela troca do esqueleto desses animais para garantir o seu crescimento-, trouxe mais à tona o feminino, na observação de uma fase marcante de transformação na vida das mulheres”, afirma a artista.
Segundo Hernández, Raquel explora a capacidade criativa, “que transita sem prioridade construtiva e/ou análises do desenho para a música, da dança para a pintura, do espaço arquitetônico à instalação, ativa ciclos de rupturas analíticas e a provocação contida na essência e adoção desses desafios em uma matriz estética”.
A exposição é livre para todos os públicos e a entrada, gratuita.