Raquel Fayad abre mostra no Centro Cultural nesta segunda-feira





Divulgação

Um dos quadros em exposição de Raquel Fayad produzidos a partir de pesquisa  do processo denominado ‘Nota-Célula’

 

Quadros que “brotam em linhas e formas” são a proposta da exposição “Ramagens”, que tem abertura agendada para a noite desta segunda-feira, 27. A mostra pertence à artista plástica Raquel Fayad e será exibida no Centro Cultural Municipal, à praça Martinho Guedes, 12, no centro.

Conforme a autora, “Ramagens” é composta por uma série de obras realizadas a partir de “um processo criativo” intitulado “Nota-Célula”.

Por meio dele, Raquel desenvolveu desenhos que se desenvolvem como ramagens “em diversas direções”. No processo de construção das obras, a artista “entremeia, entrelaça e sobrepõe” formas geométricas que se “multiplicam”. “A partir daí, novas ramagens surgem, criando, como exemplo, frestas.”

A abertura da exposição está programada para as 20h30. Na ocasião, Raquel estará recebendo convidados e conversando com o público sobre o processo criativo.

A artista é presidente da Amart (Associação dos Artistas Plásticos de Tatuí e Região) e coordenadora do Museu Histórico “Paulo Setúbal”.

Raquel também é representante na região administrativa de Sorocaba do Sisem (Sistema Estadual de Museus de São Paulo). A artista pesquisa o processo desenvolvido por ela e denominado “Nota-Célula” há três anos. Raquel integra, ainda, a “Caixa Mágica”, banda de rock autoral, como tecladista.

Em outubro do ano passado, ela integrou o projeto “Residência/Ocupação Marta Traba 15/30 – Cartografias Artísticas Contemporâneas”, que ficou em cartaz no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo. Participou com o trabalho “Cartas para Marta Traba”.

O projeto em São Paulo surgiu como comemoração aos 15 anos da Galeria Marta Traba, que leva o nome da pesquisadora, crítica de arte e escritora argentino-colombiana. Marta é apontada como uma das principais defensoras dos artistas latino-americanos.

Em função da data e como forma de divulgar o trabalho da pesquisadora, Ângela Barbour – que é gerente da galeria e doutora em artes – entrou em contato com Lilian Amaral, professora de pós-graduação de arteterapia do Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) e pós-doutoranda.

A ideia era que as duas pudessem fazer um trabalho em conjunto para homenagear Marta Traba. Pensaram no formato de residência ou ocupação que pudesse evidenciar a trajetória da patrona da galeria do memorial e, ao mesmo tempo, promover o aumento da “apropriação” (visitação) do público sobre o espaço.

Raquel informou, na ocasião, que Ângela e Lilian pensaram em um trabalho que pudesse envolver pesquisa em grupo e, sobretudo, promover discussão sobre a produção atual do mercado de arte. Tudo isso para valorizar o nome de Marta Traba e a galeria que visa à divulgação das produções dos artistas da América Latina.

Para desenvolver o projeto, as duas lançaram um “chamamento” na internet. Utilizaram rede social para divulgar o edital e convocar artistas.

Os inscritos apresentaram as propostas no dia 3 de outubro de 2013, no evento chamado “Dispositivo Disparador”, quando houve discussão e planejamento das etapas do projeto.

Raquel participou, apresentou a proposta e teve o trabalho integrado aos de outros artistas. “Cartas para Marta Traba” envolve tiras de borracha de câmaras de pneus de veículos e fragmentos de cartas de amor, coletadas pela artista plástica junto a pessoas que visitaram o memorial durante a instalação.