Rápida propagação de variante Delta reforça necessidade de proteção

Especialista explica o que se sabe até o momento sobre a variante e o que fazer para se prevenir

Da XCOM Agência de Comunicação

Surgida em dezembro de 2020, na Índia, a variante delta da Covid-19 tem se espalhado rapidamente por diversas cidades do mundo e trazido urgentes necessidades de aceleração no processo de vacinação e retomada das regras de restrição.

No Brasil, entre 10 de janeiro e 17 de julho, foram notificados 27 casos da doença, que têm sido monitorados de perto pelas autoridades e muitos apresentaram evolução favorável.

No entanto, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância e Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS), os dados disponíveis não possibilitam estabelecer consenso sobre sua transmissibilidade, gravidade e potencial de escape imunológico.

Desde o início da pandemia, quatro variantes de destaque da Covid-19 já foram identificadas: alfa, beta, gama e a já referida delta. “Já era esperado que aparecessem variantes do Sars-CoV-2, por isso os grupos de vigilância têm realizado ações para monitorá-las”, explica a professora doutora Raquel Xavier de Souza Saito,docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.

“Esse acompanhamento é importante para entendermos a capacidade de transmissão dessas variantes, os números de quadros infecciosos graves, a eficácia dos tratamentos disponíveis e, principalmente, a efetividade das vacinas.”

Nesse contexto, a Delta acaba por ganhar destaque visto que estudos preliminares apontam maior potencial de transmissão dessa variante quando comparada com as demais, especialmente no que diz respeito a pessoas que estejam com o sistema imunológico comprometido.

“Esse grupo pode apresentar evoluções mais desfavoráveis quando infectado pela variante delta, e nisso se incluem idosos”, completa Raquel.

É importante lembrar que a vacinação está entre as principais medidas de prevenção contra a doença, e estudos preliminares atestam a eficácia dos imunizantes disponíveis no Brasil na prevenção das infecções. No entanto, a professora lembra que nenhuma vacina tem eficácia de 100%.

“Por isso, é muito importante que, mesmo após a imunização completa pelas vacinas, as pessoas sigam fazendo o distanciamento social, a higienização das mãos, sigam com o uso de máscaras e com a limpeza e desinfecção de ambientes”, acrescenta.

“Estas medidas, somadas ao isolamento de casos suspeitos e confirmados de infectados, favorecem o controle da transmissão da Covid-19 e suas variantes existentes e novas que possam vir a surgir.”

Sintomas

Os sintomas apresentados pela variante delta são os mesmos da Covid-19 regular, então é importante estar atento para saber reconhecer, identificar e notificar qualquer suspeita da doença para as autoridades responsáveis.

“O indivíduo com os sintomas leves da infecção, chamada síndrome gripal, irá apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e distúrbios olfativos ou gustativos”, explica a professora.

Sobre os sintomas de casos graves da doença, conhecidos como síndrome respiratória, Raquel completa que a pessoa infectada irá sentir um desconforto respiratório, pressão ou dor no tórax, ou coloração azulada nos lábios ou rosto.

“Em crianças, além dos itens anteriores, é importante observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência”, finaliza.

Sobre a Faculdade Santa Marcelina    

A Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica.

Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999.