Da redação
A baixa umidade do ar e a vegetação seca característica do inverno geraram aumento de 100% no número de ocorrências de incêndios em vegetação em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2020.
Balanço realizado pelo 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros, a pedido de O Progresso, aponta que somente na região de Itapetininga, a qual inclui Tatuí, foram detectadas cem queimadas no período, contra 50 focos de incêndio no sétimo mês de 2020.
Na soma dos sete primeiros meses deste ano, o salto é de 17,88% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e julho de 2021, a corporação atendeu 257 ocorrências de incêndio, contra 218 em 2020.
A corporação não informou o total de queimadas referentes a Tatuí, contudo, elas também atingem a cidade com frequência. No dia 10 de agosto, um incêndio atingiu o canavial de um terreno na rua Caridade Terceira, no bairro Bella Vitta. As imagens foram registradas por moradores do bairro.
Conforme o Corpo de Bombeiro, incêndios em matas ocorrem por ação humana e situações meteorológicas adversas. As principais causas são: balões, queimadas irregulares ou mesmo uma ponta de cigarro, jogada na beira da estrada.
“Jogar bitucas de cigarro e colocar fogo em lixo, em especial próximo a locais de vegetação natural, além de ser crime ambiental, podem gerar graves consequências para a fauna e a flora e matar animais”, aponta a corporação.
Além disso, o Corpo de Bombeiros ressalta que a fumaça causada por estes incêndios, além de prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, quando ocorrem próxima a rodovias pode causar graves acidentes, devido à diminuição da visibilidade dos motoristas.
“Em caso de incêndios à beira da rodovia, diminua a velocidade. Agricultores, façam aceiros para evitar a propagação do incêndio e, lembrem-se: soltar balões pode causar incêndios em vegetação, em edificações, além de acidentes aéreos, e é crime. Denuncie!”, orienta a corporação.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação busca conscientizar a população a fim de expor os riscos causados pela realização de queimadas e o consequente agravamento das enfermidades causadas por inalação de fumaça, que pode, inclusive, interferir no controle da situação pandêmica.
A corporação salienta que os incêndios em coberturas vegetais, fogo em lixo, entre outras situações de queimada, trazem riscos à população, por serem agravantes de doenças respiratórias.
“Os problemas respiratórios são potencializados nesse período de estiagem. Inclusive, devemos levar em consideração a associação das queimadas com o agravamento de problemas respiratórios ocasionados pela Covid-19”, reforça.
“Por isso, seja consciente, não coloque fogo em vegetação, cuide do nosso ecossistema. Em caso de emergência, acione o Corpo de Bombeiros, por meio do telefone 193”, conclui a corporação.