Da reportagem
O avanço acelerado da pandemia no interior paulista fez Tatuí regredir para a fase vermelha do Plano São Paulo – programa do estado para a recuperação econômica – e, a partir de segunda-feira, 29, a cidade volta à restrição total de atividades não essenciais.
Conforme anunciado pela assessoria de comunicação da prefeitura, do dia de 29 junho até 5 de julho, o município terá medidas ainda mais restritivas do que as anunciadas pelo governo do estado.
Em resumo, a prefeitura informou que as determinações incluem fechamento de casas de materiais de construção, óticas e outros serviços anteriormente permitidos. Além disso, novas medidas – que serão anunciadas durante a semana – preveem fechamento de supermercados nos dias 4 e 5 de julho.
Até o fechamento desta edição (sexta-feira, às 20h), a assessoria ainda não tinha divulgado mais detalhes sobre o fechamento. Contudo, ainda em nota, informou que, nos dois dias, somente funcionarão as atividades: farmácias, drogarias, postos de combustíveis, distribuidoras de gás de cozinha e serviços de saúde, para atendimentos de urgência e emergência, incluindo clínicas veterinárias.
O enrijecimento da quarentena tatuaina foi definido pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, após as determinações anunciadas pelo governador João Doria na manhã de sexta-feira, 26, durante apresentação da quarta atualização do painel de fases da retomada econômica.
Na ocasião, o governador também anunciou o sexto período de prorrogação da quarentena, que, desta vez, segue até o dia 14 de julho.
De acordo com a prefeitura, o conselho se reunirá novamente na sexta-feira, 3 de julho, para verificar o andamento da pandemia no município e decidir o que será feito, de 6 a 14 de julho.
As regiões que estão na fase vermelha são as dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba. Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.
Já a melhora de índices em parte da Grande São Paulo permitiu que a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra avançassem à fase amarela, que permite atendimento presencial restrito em bares, restaurantes e salões de beleza.
Na fase amarela, a flexibilização prevê abertura limitada a 40% da capacidade de todos os setores previstos na laranja e seis horas de expediente, além da retomada controlada e parcial de atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes – o consumo local só será liberado em áreas arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Plano SP.
Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do interior e litoral, permanece a fase laranja, com reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.
“O sexto período da quarentena começa no dia 29 de junho e vai até 14 de julho. Estamos completando cem dias de quarentena em 1º de julho. E o novo mapa do Plano São Paulo continua sendo uma ferramenta técnica muito importante para planejamento e execução de todo o combate à pandemia no estado, afirmou Doria.
Apesar do aval do governo do estado para o avanço à fase amarela em parte da Região Metropolitana de São Paulo, a recomendação é para que as prefeituras só liberem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 6 de julho.
Comportamento da pandemia
Segundo o status dos indicadores do Plano São Paulo nesta quarta atualização, a capacidade hospitalar para atendimento a pacientes graves da Covid-19 “é satisfatória” em praticamente todas as regiões do estado.
Porém, o aumento no número de casos na maior parte do interior provocou o regresso à restrição total em praticamente metade do território estadual.
Na média estadual, medida a cada sete dias e fechada na quarta-feira, 24, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19, de 66,5% para 65,5%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes, de 19,1 para 19,7.
Na mesma comparação do período atual ao anterior, a média estadual de casos de infectados por coronavírus subiu 35%, enquanto que a taxa de internações caiu 2%. A taxa semanal de mortes pela doença subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada.