Pronto atendimento no Santa Rita funcionará de modo experimental





Prestes a ser inaugurado, o pronto atendimento do Jardim Santa Rita de Cássia deve funcionar de modo experimental. A Secretaria Municipal da Saúde vai avaliar, a partir de amanhã, com a inauguração do serviço, a funcionalidade do espaço e se ele atenderá todas as demandas da região.

Conforme o secretário municipal da Saúde, Máximo Machado Lourenço, o PA atende a um pedido do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu.

O objetivo é beneficiar moradores do bairro e arredores – Tanquinho, Conjunto Habitacional “Mário dos Santos”, Jardins Novo Horizonte e Gramado.

Conforme Máximo, até a inauguração, os pacientes daquela região precisam deslocar-se ao Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto” para receberem atendimento após as 17h. O pronto atendimento funcionará das 17h até às 22h, contando com equipe médica plantonista e ambulância.

“Devido à distância do bairro com o pronto-socorro, o prefeito quis atender melhor a população”, comentou o secretário. Uma unidade com atendimento diferenciado mais próxima dos moradores, segundo ele, permitirá não só atendimento de saúde mais rápido, como uma “maior cobertura”.

“Também pensamos na quantidade de pessoas que moram lá. A estimativa é que, naquela região, nós temos por volta de 15 mil habitantes”, salientou Máximo.

Segundo ele, o pronto atendimento será implantado em etapas. A inauguração, prevista para as 9h, marca a primeira – que é o início dos atendimentos. Os passos seguintes dependerão de uma série de avaliações.

Máximo informou que um médico plantonista atenderá aos moradores de segunda a sexta. “É um projeto piloto, que nós estaremos sempre avaliando”, disse. Os itens a serem mensurados são “demanda” e “logística de trabalho”.

A equipe médica atenderá casos que não demandam de “urgência e emergência”. Em outras palavras, que não apresentem riscos à vida dos pacientes.

Conforme o secretário, o PA não anulará a necessidade do pronto-socorro. Por conta disso, a secretaria manterá na UBS (unidade básica de saúde) “Roseli de Oliveira Camargo”, uma viatura para transferir os pacientes mais graves.

Máximo afirmou, também, que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) continuará atendendo aos moradores da região.

“O Samu permanecerá fazendo o trabalho dele, levando os pacientes com urgência e emergência para o pronto-socorro. Quero que as pessoas saibam bem disso”, frisou.

Os atendimentos no PA do Santa Rita devem concentrar-se em queixas de mal-estar, pressão alta, problemas por conta de hiperglicemia, hipoglicemia, dores de cabeça ou em partes do corpo e febre.

“São sintomas e atendimentos que podem ser atendidos e diagnosticados sem riscos. Depois, a pessoa tem de ser conduzida para a UBS”, destacou o secretário.

Em entrevista, Máximo afirmou que o “grande dilema da secretaria é que o pronto atendimento não desvie o foco do posto de saúde”. “A população tem que entender que os programas de saúde têm de ser feitos na UBS”, observou.

Entre eles, estão acompanhamentos e tratamentos nas áreas de pediatria, puericultura (acompanhamento do desenvolvimento infantil), diabetes e hipertensão. O posto continuará sendo utilizado, também, para campanhas de vacinação.

“É preciso que a população saiba que, apesar do PA ficar no mesmo lugar da UBS, ele funcionará em horários distintos. É importante que a população continue a usar o PSF (Programa Saúde da Família)”, citou.

Como os atendimentos serão realizados na UBS, Máximo explicou que a Prefeitura não precisou realizar “grandes intervenções” no espaço. Conforme ele, o médico plantonista utilizará consultórios já “aprovados pela VS (Vigilância Sanitária)”.

Além do médico, o PA terá em seu quadro de funcionários uma equipe de enfermagem. Os profissionais darão apoio ao profissional, auxiliando na triagem, organização de fila de espera e na orientação da cessão de medicamentos.

O pronto atendimento passa a funcionar já na quinta, quando a secretaria começará o diagnóstico de uso do espaço. “Vamos ver a receptividade, como o PA impactou na região e se há necessidade de ampliarmos”, disse Máximo.

Dependendo do resultado, o secretário disse que a Prefeitura poderá fazer modificações, ampliando para os atendimentos em final de semana, ou, então, transferindo o serviço de endereço. “Tudo isso envolve gestão, custo. Então, faremos uma avaliação dos aspectos e decidiremos o que fazer”.

Um dos efeitos colaterais positivos esperados pelo secretário é a redução da fila de espera junto ao pronto-socorro. Máximo disse que a Prefeitura também espera que o volume de pessoas atendidas no ambulatório seja reduzido a partir do momento em que o pronto atendimento passar a funcionar.