O projeto de construção da décima escola de ensino médio no município está no papel há três anos. Anunciado em 2013 pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, o plano prevê uma unidade voltada para atender jovens do 1º ao 3º ano que residam na região do Jardim Santa Rita de Cássia.
Desde a comunicação oficial – feita por ocasião de uma visita de Alckmin ao município –, a proposta passou por diversas etapas. Atualmente, é tida como “prioridade máxima” na lista da Derita (Diretoria de Ensino da Região de Itapetininga).
É o que divulgou a secretária municipal da Educação, Cultura e Turismo, Ângela Sartori. A titular conversou sobre a situação do projeto no fim do mês passado com a futura secretária, professora Marisa Aparecida Mendes Fiusa Kodaira.
As duas se encontraram no dia 30 de novembro, ocasião na qual houve a terceira reunião temática de transição de governo.
Conforme noticiado por O Progresso, o processo parou por desentendimentos entre as coordenações do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, e da prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo.
Ângela e Marisa também debateram a respeito de ampliação da estrutura da rede municipal de ensino, convênios e questões relacionadas à frota e à merenda escolar.
Tatuí conta, atualmente, com nove escolas de ensino médio. As unidades estão localizadas no Boqueirão (“Altina Maynardes de Araújo”), vila Esperança (“Ary de Almeida Sinisgalli”), centro (“Barão de Suruí”, “Chico Pereira” e “Deócles Vieira de Camargo”), Jardim Lucila (“Fernando Guedes de Moraes”), CDHU (“José Celso de Mello”), Parque Santa Maria (“Lienette Avalone Ribeiro”) e Jardim Tóquio (“Semíramis Turelli Azevedo”).
A décima deverá ser construída no Santa Rita, visando atender à demanda de alunos que residem no bairro e no entorno dele. A estimativa das autoridades é de que, no setor sul do município, estão concentradas mais de 16 mil pessoas.
O número pode aumentar ainda mais, considerando-se as 1.295 casas populares que compõem a primeira fase do Residencial Vida Nova Tatuí, construído pelo Grupo Pacaembu. No total, o empreendimento terá 3.058 unidades.
O projeto prevê que o governo do Estado realize a construção. Daí, conforme Ângela, a demora na concretização dos planos. Além disso, a secretária acrescentou existirem etapas a serem cumpridas tanto pela Prefeitura como pelo Estado, uma vez que a iniciativa é fruto de parceria das duas administrações.
A municipalidade cedeu o terreno, que precisou passar por avaliações dos órgãos ambientais do Estado. O imóvel fica próximo à Escola Municipal de Ensino Fundamental “Magaly de Azambuja Toledo” e atrás do terreno onde funciona o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Sul (antigo imóvel do Cosc – Centro de Orientação Social à Comunidade).
Como a contrapartida maior será do Estado (verba, contratação de empreiteira, mobiliário e equipe para funcionamento), Marisa observou que o governo será o responsável pela administração do prédio. Também deverá arcar com os custos de manutenção, sem recursos do município.
De acordo com o gerente de convênios do Executivo, Antônio Celso Fiuza Júnior, existe uma “fila” de projetos na diretoria de ensino aguardando liberação de recursos. O projeto que contempla o município estaria “em primeiro lugar”.
“Esta escola já está em prioridade máxima, só que aguardando recurso do governo do Estado para começar”, acrescentou Ângela, na apresentação de relatórios.
A Prefeitura fez a cessão do terreno em 2013, por meio de projeto de lei aprovado, posteriormente, pela Câmara Municipal. O Legislativo autorizou, ainda, a cessão de imóvel para a construção de uma creche entre o bairro Nova Tatuí e a vila Esperança. A construção da unidade também não começou.
Conforme Ângela, ela será implantada em uma área onde funcionava um campo de futebol. O Executivo enfrentou entraves para a liberação do terreno. Precisou de uma consultoria jurídica para resolver a questão.
“Havia um questionamento sobre a origem do terreno, que era uma área de lazer. Nós debatemos e conseguimos solucionar”, contou o gerente de convênios.
A creche terá recursos do programa Creche Escola, com valores previstos no Orçamento do governo do ano que vem. Já a escola de ensino médio receberá investimentos da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).
Ângela e Marisa também falaram sobre a frota da Educação (composta por ônibus, vans e Kombis), a estrutura (conselhos relativos à pasta) e números de arrecadação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e de avaliação do ensino, como o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Atualmente, os veículos são utilizados para o transporte de alunos de escolas municipais que frequentam o Núcleo de Educação Ambiental “Maria Rita Coelho”, no Parque Ecológico Municipal “Maria Tuca”.
Parte da frota também é cedida para transportar as crianças para as aulas oferecidas por meio do “Arte pela Vida”, da Comunidade Missionária Recado.







