Da redação
O que pulsa a América Latina? Foi em busca de uma resposta à essa pergunta que o Coletivo Labirinto se debruçou durante o processo de criação do mais recente espetáculo “Mirar: Quando os olhos se levantam”, que será apresentado neste sábado, 6, às 20h, no Teatro “Procópio Ferreira”, do Conservatório de Tatuí.
De acordo com o elenco, o projeto surgiu após uma série de trabalhos teatrais, apresentados no roteiro em forma de textos de dramaturgia encenados em países sul-americanos. Entre eles, Argentina, Uruguai e Chile.
Aprovada pelo edital do ProAc (Programa de Ação Cultural de São Paulo), a peça circula neste primeiro semestre por cidades do interior de São Paulo.
Além do espetáculo, o grupo realiza a oficina “Mirando um teatro político: a América Latina como caminho”, que também acontece neste sábado, às 10h, no setor de artes cênicas do Conservatório, situado na rua 15 de Novembro, 63/67.
O espetáculo conta a história de quatro caminhantes, que percorrem lugares e histórias da América Latina em uma espécie de viagem em busca de pertencimento.
Conforme o coletivo, a peça “lança mão de expedientes contemporâneos para revelar o lastro da colonização, celebrar a potência da diversidade dos povos e refletir aspectos contraditórios do continente, além das fronteiras”.
Segundo o grupo, o processo criativo foi influenciado pelo livro “Crônicas de Nuestra America”, escrito por Augusto Boal e publicado em 1977. A obra reúne dez crônicas que versam sobre situações, ambiências e personagens tipicamente latino-americanas, observadas e colhidas pelo diretor e dramaturgo desde a saída dele do Brasil, em 1971.
Durante o processo de criação, o coletivo propôs um passeio sobre as atuais crônicas do continente “tão cheio de saques históricos, personalidade e contradições”. Desta forma, o resultado da pesquisa, segundo o elenco, é um espetáculo que mistura códigos expressivos, baseados na relação com o espaço poético, musicalidade e símbolos visuais latinos.
O espetáculo tem duração de 75 minutos e classificação etária de 14 anos. A entrada tanto para a oficina como para a peça é gratuita e o ingresso pode ser adquirido na bilheteria do teatro.