Problemas pessoais e o término de convênio de comissionamento originaram “baixas” no primeiro escalão da Prefeitura. Na semana passada, os responsáveis pelas pastas de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura e Governo, Segurança Pública e Transportes deixaram seus respectivos cargos.
Em entrevista a O Progresso, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, confirmou as saídas de Nilton Adriano Vieira Raposo (Infraestrutura) e do delegado Onofre Machado da Silva Júnior (Governo). Desde o dia 25 de fevereiro, eles não integram mais o quadro de funcionários comissionados do Executivo.
Conforme Manu, Raposo deixou o cargo por questão de “foro íntimo”, após comunicado prévio. “O pai dele está muito doente, e ele precisou afastar-se. Nós tivemos uma conversa há uns dias e ele saiu, efetivamente”, contou.
Desde então, a pasta é comandada interinamente por duas pessoas. As decisões estão sendo tomadas por Paulo Andreoli e Edson Rodrigues Machado.
“Eles são funcionários de carreira, que sabem tudo. Sabem como funciona e estão dando contra, tranquilamente, do trabalho”, argumentou o prefeito.
A saída de Machado Junior está ligada ao fim do período de comissionamento. O delegado é funcionário do governo do Estado de São Paulo, tendo sido cedido por meio de convênio pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Para ocupar a pasta, Machado Junior precisou afastar-se da função de delegado. Entretanto, como era comissionado, recebia salário de delegado. “O município não tinha custo com ele, porque a remuneração era feita pelo governo”, informou Manu.
Segundo o prefeito, por conta do fim do período de cessão para a Prefeitura, o delegado teria de retornar à função de origem. Entretanto, Machado Junior não voltou a despachar na delegacia, uma vez que tem férias a tirar.
“Ele pretende ingressar com pedido de aposentadoria e, assim que o processo for concluído, ele deve retornar para trabalhar conosco”, antecipou o prefeito.
Manu disse que tem “grande afinidade e apreço” pelo delegado. Também elogiou o trabalho desenvolvido por ele à frente da secretaria.
“Ele é delegado, funcionário do Estado, e não quero, de maneira alguma, prejudicá-lo. Ainda mais estando ele prestes a se aposentar. Então, creio que o período de afastamento da secretaria vai ser rápido, e já ele volta”, adicionou.
Até que isso aconteça, o prefeito deve nomear um secretário interino. De antemão, afirmou que o indicado poderá, ou não, ser funcionário de carreira.
Para Manu, as mudanças não afetam a administração, já que não se tratam de questões administrativas. “Nós temos diretores e encarregados que fazem com que a coisa continue funcionando. Como existe um plano de trabalho, as ações continuam a ser realizadas sem nenhum prejuízo”, declarou.
Na pasta da Infraestrutura, por exemplo, o prefeito citou que há funcionários atuantes em setores específicos. “Temos a área de convênios, e quase que uma minissecretaria de planejamento, que continua andando. Também, a parte de manutenção da cidade, com limpeza pública e poda”, adicionou.
Essas funções continuam a ser divididas com Andreoli cuidando da manutenção rural e das condições da malha asfáltica da cidade e Machado, da área verde, que inclui poda e corte de árvores e limpeza pública. “Nós os dividimos, e eles têm todo um pessoal que já está na lida há muito tempo”, disse Manu.
No caso da Secretaria de Governo, o funcionamento ficará a cargo do “corpo jurídico” da Prefeitura. “Eles continuam nos dando retaguarda”, declarou o prefeito, que prevê nomear um interino até o fim desta semana.
