Da reportagem
Recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão em campo realizando coletas desde 1º de agosto do ano passado e continuam o trabalho durante este mês de janeiro. Mas, uma prévia divulgada no dia 28 de dezembro indica que Tatuí tem 122.991 habitantes.
Seguindo um modelo estatístico, o IBGE entregou o resultado prévio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da população recenseada até o dia 25 de dezembro. O número, portanto, é extraoficial.
Em comparação ao Censo Demográfico anterior, de 2010, quando a cidade tinha 107.326 habitantes, houve crescimento de 14,60%, ou 1,21% ao ano – média de 1.305 habitantes a mais por ano.
No total, o aumento da população foi de 15.665 pessoas. Este é o número de pessoas que se projeta, por exemplo, na região do Jardim Santa Rita (Vida Nova Tatuí – Pacaembu).
Segundo o site do IBGE, a divulgação tem como objetivo cumprir a lei que determina ao Instituto fornecer, anualmente, o cálculo da população de cada um dos 5.570 municípios do país para o Tribunal de Contas da União (TCU).
A partir daí, são calculados os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o número de cadeiras no Legislativo, por exemplo.
Segundo a prévia, o Brasil chegou a 207.750.291 habitantes em 2022. De acordo com o resultado preliminar, o Sudeste tem 87.348.223 de habitantes; o Nordeste, 55.389.382; o Sul, 30.685.598; o Norte, 17.834.762; e o Centro-Oeste, 16.492.326.
“Este modelo adotado foi bastante estudado e aprovado pela comissão consultiva do Censo 2022, que olhou detalhadamente o processo desenvolvido para fornecer ao TCU e à sociedade os melhores dados técnicos e reais possíveis”, informou à Agência Brasil o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Programado para acontecer em 2020, o Censo está sendo realizado com dois anos de atraso em razão da pandemia de Covid-19 e de cortes orçamentários.
Trabalho continua
De acordo com o site do IBGE, Azeredo informa que o trabalho será acelerado em janeiro. “A coleta continua aberta em janeiro recenseando aonde não fomos ainda”.
“Vamos fazer um trabalho de supervisão e controle de qualidade, retornando aos domicílios classificados como recusa, fechado, vago ou de uso ocasional; e também a supervisão dos casos de omissão, duplicidades e inconsistências. Além da pesquisa de pós-enumeração”, acrescentou.
Para o diretor, ainda segundo o site do IBGE, “apesar dos desafios, o Censo está em vias de ser concluído”. “Nosso maior desafio foi contratar recenseadores. Planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi a 120 mil. Depois, a pandemia atrapalhou o planejamento anterior e fenômenos climáticos, como chuvas, contribuíram para os atrasos”, sustentou.
“Este também foi o primeiro censo com rede social e tivemos de combater as ‘fake news’. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes. Além das inúmeras medidas provisórias”, elencou Azeredo.