Na quinta-feira, 14, a prefeitura de Tatuí assinou convênio com 11 entidades sociais para o repasse de recursos. As instituições trabalham com crianças, jovens, deficientes, adultos em situação de vulnerabilidade social e idosos.
Fizeram parte da mesa de trabalho a prefeita Maria José Vieira de Camargo; o vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva; Antonio Marcos de Abreu, presidente da Câmara; Sônia Maria Ribeiro da Silva, presidente do Fundo Social de Solidariedade; Alessandro Bosso, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social; e o deputado estadual Luiz Gonzaga Vieira de Camargo.
A cerimônia também contou com a presença de secretários municipais, representantes e voluntários das entidades conveniadas, funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social, servidores municipais e vereadores.
O valor dos convênios deste ano é de R$ 1.737.429,28, o que representa R$ 300 mil a mais para as entidades do terceiro setor em relação ao que fora repassado em 2018, quando os recursos totalizaram R$ 1,4 milhão às instituições do município.
Os recursos são oriundos dos cofres municipais, Fundo do Idoso e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. O montante também advém de programas firmados com os governos estadual e federal. Os valores serão distribuídos durante o ano, em dez parcelas.
A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) ficou com a maior fatia (R$ 346.429,28) e, conforme o presidente da entidade, Mário Luiz Rodrigues da Costa, o recurso será aplicado para suprir as despesas trabalhistas e nos projetos de atendimento aos novos assistidos da unidade.
Ainda segundo ele, recentemente, a associação assinou convênio com a prefeitura para atender mais alunos portadores de transtorno do espectro autista.
“Agregamos mais assistidos. Então, precisamos contratar uma equipe maior para ajudar, e isso gera mais custos. Fazemos festas e diversos tipos de eventos para arrecadar recursos, mas não é suficiente. Com este valor, vamos conseguir equilibrar as contas e reduzir o déficit mensal”, declarou.
Também receberam repasses: Recanto do Bom Velhinho Vale da Lua (R$ 250 mil), Lar São Vicente de Paulo Tatuí (R$ 230 mil), Casa de Apoio ao Irmão de Rua São José (R$ 204 mil), Lar “Donato Flores” (R$ 152 mil), Cosc (Centro de Orientação e Serviço à Comunidade (R$ 149 mil) e Casa do Bom Menino (R$ 138 mil).
Além desses, foram beneficiados: Centro de Desenvolvimento Arte pela Vida (R$ 83,5 mil); Associação Casa Unimed de Ações Sociais de Tatuí (R$ 67 mil); Projeto Envelhecer com Qualidade de Vida, do Fusstat (R$ 60 mil) e Recanto Betel (R$ 57,5 mil).
Bosso iniciou agradecendo a parceria com a prefeitura para a distribuição dos recursos e ressaltou que o repasse deste ano está sendo feito em “tempo recorde”.
Conforme o secretário, nos anos anteriores os recursos só eram liberados a partir do segundo semestre. “É uma das coisas que as entidades nos cobravam, e este ano, com muito trabalho, nós conseguimos adiantar”, declarou.
Ele ainda agradeceu ao apoio das entidades e dos funcionários da pasta e finalizou afirmando que continuará buscando recurso e melhorias para o setor.
“Vamos lutar e tentar o máximo possível trabalhar a questão de vulnerabilidade social do município. Vamos tocar para frente e ver o que a gente consegue de resultados com este recurso”, enfatizou.
O presidente da Câmara também parabenizou o trabalho da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e enalteceu o serviço voluntário das entidades filantrópicas que atendem no município.
“Não é fácil sempre trabalhar no vermelho, nós sabemos disso. E o que vocês fazem é muito importante. Ajuda a prefeitura e também está ajudando a nossa população”, disse o vereador.
O serviço das entidades e a importância do repasse dos recursos ainda foram destacados em discurso por Gonzaga, que finalizou o mandato como deputado estadual na quinta-feira, 14.
Gonzaga aproveitou o espaço para falar sobre o trabalho realizado nos últimos meses na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo e relembrou como eram realizados os repasses na época em que foi prefeito.
Além disso, salientou que, “conhecendo o trabalho de cada uma das entidades, estes recursos serão aplicados da melhor maneira possível”.
O vice-prefeito afirmou que as entidades são como um “braço da prefeitura”. Ele enfatizou que, sem os serviços prestados pelos voluntários, o município não conseguiria suprir a demanda de atendimento.
“Não é fácil, a gente sabe a dificuldade financeira de todos, e, mesmo assim, estão aí para ajudar o próximo. Quero agradecer pelo empenho com a cidade e com o próximo, e dizer que é assim mesmo, com bondade e com amor, que se constrói uma cidade melhor”, completou.
Representando as instituições presentes, o presidente do Cosc, Juvenal Marques Rodrigues, também frisou o pagamento adiantado do empenho.
Segundo Rodrigues, mesmo com os “esforços” da equipe, em razão das leis e regulamentos, “era difícil às entidades receberem os recursos antes de maio e junho”. Para o presidente, o adiantamento poderá ajudar a sanar os custos e desafogar as despesas.
“Nós tínhamos que usar os fundos de reserva e só depois chegavam os repasses dos recursos da prefeitura, do estado e da União. Este ano, realmente, a equipe bateu o recorde. Estão de parabéns pelo empenho, dedicação, esforço, e, com certeza, vamos ter os recursos antecipadamente para poder trabalhar o ano todo”, declarou.
Maria José, por sua vez, aproveitou o momento para divulgar os serviços realizados pela prefeitura no setor social, como os cursos de capacitação do Fusstat, o projeto de “kit lanche” (que oferece alimentação para os pacientes e usuários dos serviços de transporte da Saúde) e o programa Abrace a Santa Casa.
A chefe do Executivo ainda anunciou benefícios para o setor de saúde (reportagem nesta edição) e finalizou parabenizando o secretário Bosso pelo trabalho que vem realizando à frente da pasta, além de agradecer às entidades que atendem na cidade.
A O Progresso, a prefeita reforçou que, desde o ano passado, a Secretaria de Desenvolvimento Social vem buscando antecipar o repasse dos recursos para as instituições, para que elas pudessem se organizar financeiramente.
“As entidades têm muitos gastos, principalmente com funcionários e despesas diárias. Além disso, a maioria depende da ajuda voluntária e tem poucas fontes de arrecadação. Sabemos da importância dos recursos. Então, minha equipe se esforçou muito para liberar o quanto antes”, finalizou.