Na segunda-feira, 11, o Departamento Municipal de Obras e a empresa vencedora da licitação das obras da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali iniciaram a última etapa de demolição do canteiro central, que ficou conhecido como “churrasqueira”.
De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura, Marco Luís Rezende, a revitalização da via deve ficar pronta em menos de 30 dias, se não houver intervenções climáticas.
“Vai depender muito do tempo. Se não chover, não tiver nada que atrapalhe, acredito que daqui 15 ou 20 dias nós já vamos estar bem adiantados com este serviço”, antecipou o secretário.
“Para finalizar a obra totalmente, espero que seja em menos de 30 dias. Não dá para garantir, pois pode chover, mas, se tudo correr bem, dá para terminar”, garantiu.
A empresa Madri Construtora foi a vencedora da tomada de preços, realizada pela Prefeitura em 6 de abril, sendo a responsável pelo empreendimento. As obras visam melhorar o escoamento de água e evitar o acúmulo em período de fortes chuvas.
Ainda em abril deste ano, a Prefeitura anunciou que o investimento nas obras tem o custo aproximado de R$ 904.218,69. No pacote de obras, as de maior valor são para a drenagem e revitalização dos canteiros da avenida, previstas em R$ 686.392,63.
Segundo Rezende, a obra será feita por etapas. A primeira inclui revitalização completa até a entrada da vila Esperança e a segunda vai até o final do canteiro.
“Conforme for sendo demolido, o departamento já vai arrumando, colocando a iluminação, as palmeiras e fazendo tudo que tem que ser feito. Depois, a gente faz a segunda etapa e entrega a obra finalizada”, assegurou o secretário.
Durante a revitalização, que inclui a derrubada da churrasqueira e a canalização das águas pluviais, por meio da construção de galerias, o tráfego não será prejudicado.
Conforme Rezende, na primeira etapa, apenas uma faixa de cada lado será parada para o início dos trabalhos; depois disso, o trânsito volta ao normal e, com o tempo, a empresa vai interditando os trechos necessários para a conclusão da obra.
Rezende afirmou que a fase de demolição não deve ser demorada, sendo que a maior parte do tempo será destinada às escavações do canteiro central, para a localização das saídas de água e a colocação de toda a tubulação que vai desde o início da avenida, perto da estrada, até o local que já está pronto.
A água será canalizada em vários pontos. Uma parte ficará na vila Esperança e outra, no ribeirão Ponte Preta.
“A obra não é muito demorada, é fazer a parte de drenagem no meio do canteiro e já cobrir, colocar novamente as guias e refazer o asfalto na lateral onde ele deverá ser retirado”, explicou.
O vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva e a prefeita Maria José Vieira de Camargo estiveram no local para presenciar o início das obras e ressaltaram a importância do investimento para o município.
De acordo com a prefeita, havia muitas pessoas pedindo pelas obras. “No começo do ano passado, nós fizemos uma parte desta avenida e, hoje, estamos dando continuidade para que, realmente, a entrada de nossa cidade tenha uma aparência melhor e agrade a todos”, afirmou Maria José.
Ela ressaltou que as obras são feitas com recursos próprios e que o objetivo é fazer um serviço completo, com drenagem e estrutura, para que durem muitos anos.
“Hoje, nós precisamos derrubar o que estava feito, devido à falta de drenagem, por isso vamos refazer a obra. Além do embelezamento que ela vai trazer para a avenida, ainda vai gerar benfeitorias para os bairros aqui da região”, observou a prefeita.
Para o vice-prefeito, a obra é uma das mais importantes à população. “Existem muitas obras importantes, na questão de saúde, infraestrutura, por exemplo, mas esta era é uma obra que o povo de Tatuí esperava havia muito tempo”, declarou Luiz Paulo.
O vice-prefeito ainda reforçou a necessidade do investimento, relembrando os problemas que a obra “inacabada” gerou durante os dias em que ficou parada.
“Esta ‘churrasqueira’ sem terminar ficou impedindo o cruzamento de carros, condenando a drenagem da água de toda esta região e trouxe muitos transtornos para os moradores locais”, comentou.
Anunciada pela administração anterior, em março de 2016, a construção do dispositivo, restauração de calçadas, melhorias na iluminação pública e lombofaixas na avenida sofreu críticas logo depois do início das obras, quando o canteiro central começou a ser levantado.
No fim do mesmo ano, a administração municipal pediu aditamento, de R$ 60 mil, para concluir a obra. A solicitação não foi autorizada e, sem o recurso, ela acabou não finalizada. Construída com tijolos, acabou ganhando o apelido de “churrasqueira”.
A demolição – ou não – da mureta do canteiro central foi amplamente debatida no ano passado. Por indicação do MP (Ministério Público), houve uma audiência pública para discutir o que poderia ser feito para solucionar o problema.
O assunto também foi tema de debates no plenário da Câmara Municipal, onde os vereadores apresentaram requerimentos sobre a questão.
Além da “aparência negativa”, os edis sustentavam que a obra apresenta problemas não previstos pela equipe que a projetara. Entre eles, o fato de que prejudica o trânsito, pois não há muitas passagens entre um lado e outro da avenida. Quem sobe no sentido à rodovia conta, apenas, com dois pontos de transição.
À época, as autoridades também argumentaram que a principal questão é que a obra “contribui” para o aumento de acidentes de trânsito.
No período de chuvas, o canteiro impede o escoamento de água. Nos dias em que há grande volume de precipitação, a falta de escoamento gera o fenômeno chamado aquaplanagem.
Em abril do ano passado, um parecer parcial, elaborado por técnicos municipais, apontou que o canteiro central da avenida teria sido feito sem planejamento. Uma parte da churrasqueira já chegou a ser demolida, durante a conclusão das obras da ponte do Marapé.