Tatuí registrou queda no índice de mortalidade infantil neste ano em comparação com o ano passado. É o que apontou a assessoria de comunicação da Prefeitura na manhã de ontem, terça-feira, 23. A informação tem como base dados da Secretaria Municipal da Saúde computados até a data da divulgação.
Em nota enviada à imprensa, o setor informou que a cidade alcançou a menor taxa “de sua história”. Também divulgou que em 1980, quando o estudo passou a ser realizado “anualmente pela Secretaria de Estado da Saúde”, o índice ficou em 66,67.
Ainda conforme a assessoria, Tatuí atingiu “o pico” no ano seguinte, em 1981, com 67,28 óbitos para cada mil nascidos vivos. Em 2008, a taxa de mortalidade chegou a 17,29; e, em 2010, baixou para 9,8. Neste ano, ela ficou em 7,60.
“Hoje, a cada mil crianças que nascem apenas sete morrem. O número é ainda menor que a média do Estado de São Paulo que chegou a 11,47”, cita a Prefeitura.
Por meio da assessoria, a secretária municipal de Saúde, Cecília Oliveira França, considerou “baixo” o número de mortes de crianças. Conforme ela, a queda é fruto de ações de saúde preventiva, com destaque para a ampliação das equipes do PSF (Programa Saúde da Família) e de “um novo conceito que vem sendo aplicado no município”.
“Em 2012, este índice chegou a 12,63, em 2013, chegou a 13,67, ambos superiores à média estadual, refletindo o modelo de saúde praticado pelo governo anterior”, iniciou.
“O registro deste ano, sim, é reflexo do trabalho realizado através da rede pública de saúde, também em parceria com o Fundo Social de Solidariedade, que aplicou nova sistemática no acompanhamento das gestantes que realizam o pré-natal nas unidades básicas de saúde, que conta com corpo de psicólogos, dentistas e fisioterapeutas”, declarou Cecília por meio da assessoria.
Marilu Aparecida Rodrigues da Costa, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, afirmou que houve um trabalho conjunto da Atenção Básica de Saúde e da vigilância. As equipes realizaram a chamada “busca ativa”, visando alcançar “o maior número possível de gestantes realizando o pré-natal na rede pública de saúde”.
“As enfermeiras que trabalham diretamente com as gestantes buscam identificar a causa da ausência de algumas futuras mães em determinadas fases do pré-natal, tentando alcançar o maior número possível de gestantes atendidas e com isso conscientizar a importância do acompanhamento da gravidez”, disse.
O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, afirmou que a redução do índice “vem para agregar ainda mais o momento vivido pela saúde no município”.
“Temos nesta redução um importante avanço para o setor, já que essa taxa serve de parâmetro para a qualidade da saúde pública oferecida pelo município. Este número nunca foi visto na história de Tatuí”, argumentou via assessoria.
De acordo com Manu, a queda é reflexo também do aumento no investimento no setor. A Prefeitura ampliou de 30% para 36% o percentual do Orçamento utilizado para manter a estrutura e os atendimentos de saúde da rede municipal.
“Este registro chega junto com a notícia de aprovação da implantação da UTI (unidade de terapia intensiva) neonatal, o que trará ainda mais cuidados nesta área que exige um monitoramento constante. Muitos avanços foram alcançados este ano, mas os desafios continuam”, finalizou o prefeito.
O governo do Estado divulga dados de mortalidade infantil via Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). Já o federal faz a publicação dos resultados pelo Ministério da Saúde.
A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de crianças de até um ano de idade por mil nascidas vivas. É um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de saúde da população, em especial, das crianças menores de um ano.