Com a previsão de construção de pelos menos três novas escolas de ensino infantil – nos bairros Santa Cruz, Jardim Santa Emília e no Conjunto Habitacional “Amaro Padilha” (Inocoop) –, a administração municipal planeja reduzir o tempo de espera por vagas em 2019.
“Uma das nossas metas na Educação é zerar a lista de espera por vagas em creche”, afirmou a prefeita Maria José Vieira de Camargo, em entrevista a O Progresso na manhã de quarta-feira, 19.
A administração está investindo mais de R$ 4 milhões na construção das novas unidades, além de ampliações e reformas que também vão atender crianças de zero a dez anos.
No Jardim Santa Emília, o investimento é de R$ 1,6 milhão, sendo que, aproximadamente, 32% da obra estão concluídos. A creche do bairro Santa Cruz está com mais de 30% de execução, com investimento de pouco mais de R$ 1 milhão. Já no Inocoop, a obra se aproxima dos 19% de conclusão.
Neste último caso, a creche está sendo construída ao lado da pré-escola que já atende alunos de quatro e cinco anos desde o ano passado.
Também em processo de construção, está a construção de um prédio escolar no Residencial Astória (creche, pré-escola e escola municipal), para atender às crianças do bairro e adjacências, em um investimento de R$ 2,1 milhões.
A obra vai substituir o prédio chamado “Escola de Lata” por um de alvenaria. Com a nova unidade, a secretaria poderá começar a atender desde a creche até o aluno do quinto ano do ensino fundamental.
De acordo com a secretária da Educação, Marisa Aparecida Mendes Fiuza Kodaira, além das quatro escolas já em construção, está em fase de finalização a implantação de um fraldário no Pacaembu, que atenderá mais 60 crianças de zero a três anos, e há previsão de uma nova unidade de ensino infantil para o bairro Tanquinho.
“Já existe um terreno no qual a intenção da prefeita é construir uma creche grande. É mais uma escola para a gente poder colocar algo em torno de 350 crianças. O engenheiro está desenvolvendo o projeto, e, para o ano que vem, vai sair. É um projeto da prefeita, e ela não abre mão dele”, informou.
Segundo a secretária, com a construção das quatro escolas, serão ampliadas pelos menos 600 vagas para o ensino infantil, que, somadas às 350 na nova escola do bairro Tanquinho, totalizam 950 novas matrículas.
“Nós temos uma demanda de, aproximadamente, mil alunos na lista de espera. Então, acredito que, com isso, conseguiremos praticamente zerar a espera por vagas”, assegurou.
A prefeita adiantou que a meta é entregar as escolas ainda em 2019 e afirmou que, até 2020, deve atingir a meta de zerar as filas.
“Quero finalizar tudo até 2020, mas vamos avançar bastante em 2019, porque o pedido de creche é muito grande. Embora a gente tenha conseguido aumentar mais 1.400 atendimentos durante este ano”, acrescentou a prefeita.
Marisa também frisou que a alta procura pelas creches da região central é um fator importante e que influencia no número de crianças em listas de espera.
A secretária ressalta que, em bairros como Jardim Lírio, Jardim Gonzaga e outros, ainda há vagas disponíveis. Contudo, “as mães preferem as unidades centrais, devido ao horário de atendimento estendido”.
As creches dos bairros e da zona rural funcionam das 7h às 17h, enquanto quatro creches do centro abrem das 7h às 19h. “Estas creches são mais procuradas por atender a mãe que trabalha na região central e no comércio e, como a demanda é maior, existe dificuldade de vaga”, explicou.
Ainda conforme a secretária, o setor está fazendo levantamento de onde existe demanda maior para tentar resolver a questão das vagas. Porém, ressalta que o departamento está cumprindo as metas do PNE (Plano Nacional de Educação) e do PME (Plano Municipal de Educação).
“Nós temos critério para analisar essas questões no atendimento da demanda. Criança em vulnerabilidade social ou situação de risco tem vaga garantida nas creches. Nós damos um jeito, abrimos mais uma vaga e atendemos”, completou.
Outro fato que influencia no atendimento dos estudantes do ensino infantil, conforme a secretária, é que 60% dos nossos alunos de quatro e cinco anos ficam em creches de período integral. “Não é obrigatório a pré-escola funcionar em período integral, mas o município oferece este serviço a este alunado”, comentou.
Atualmente, 2.719 alunos nesta faixa etária estão matriculados em escola municipais, sendo 1.684 estudantes em período integral e 1.035 em horário parcial.
“Com esta faixa estudando em período integral, você está ocupando o espaço e também o monitor da creche que poderia estar atendendo mais crianças de zero a três anos”, sustentou.
Ainda segundo Marisa, embora a atuação em período integral para os alunos de quatro e cinco anos comprometa o atendimento de zero a três anos, “por conta do espaço e da necessidade de funcionário”, a Prefeitura deve manter o serviço.
“Temos uma demanda grande, mas, na medida do possível, vamos adequando os espaços e atendendo. Nós entendemos a necessidade das famílias, elas têm que deixar seus filhos em um lugar seguro para que possam trabalhar com tranquilidade”, afirmou.