A praça Ayrton Senna, na vila Doutor Laurindo, recebeu na quarta-feira, 9, a primeira edição da “Feira da Lua”. A iniciativa dos feirantes e da Prefeitura busca levar aos moradores uma opção noturna às feiras que acontecem regularmente em diferentes pontos da cidade.
Cerca de 30 comerciantes participaram do evento, que acontecerá todas as quartas-feiras, das 19h às 22h.
Segundo o diretor municipal de fiscalização, José Maria Cardoso Filho, o horário noturno tende a atrair consumidores, a exemplo da feira da Cooperativa dos Produtores Rurais de Tatuí, realizada na Concha Acústica.
“É uma feira versátil, com frutas, verduras e barracas de alimentação. O local é muito bom, pois é grande, tem banheiro, água e luz para os feirantes”, comentou.
A própria população vinha pedindo a realização de uma feira na região da vila Doutor Laurindo, contou Cardoso. “Essa feira atende à população da vila Doutor Laurindo, do Jardim Lírio, da Bela Vista. São vários bairros adjacentes que serão atendidos”, acrescentou.
Dono de uma barraca de pastel há 26 anos, João Batista Pereira participa pela primeira vez de uma feira noturna. Segundo ele, o movimento foi razoável. “As pessoas começam a se acostumar com os pontos e vão falando umas para as outras sobre a feira, acho que vai melhorar”, afirmou.
De acordo com Pereira, a ideia inicial era que a feira fosse realizada junto com a dos produtores rurais, que acontece às quintas-feiras na Concha Acústica.
“Eles não aceitaram. Pensaram que atrapalharia o movimento deles. Nós gostamos desse local. É um local bom e limpo. A gente tem que agradecer por ter um lugar para trabalhar”, disse.
Luiza Mendonça tem uma barraca de doces e queijos mineiros. Ela afirma ter encontrado clientes das feiras matinais participando da Feira da Lua.
“Se eu fosse cliente, eu preferiria ir à feira da noite. Durante o dia, as pessoas têm que trabalhar, têm outros compromissos. À noite, as pessoas vêm mais relaxadas e ficam mais tempo na feira”, observou.
Massato Kobota possui uma barraca de yakissoba e pastel e disse ter gostado do movimento noturno. O prato oriental é preparado na hora por Kobota e oferecido em caixas de papel. Os clientes podem comer com hashi (os palitinhos japoneses), ou com garfo.
“À noite, os clientes vêm mais dispostos a comer, mais relaxados. O movimento me surpreendeu hoje”, afirmou.
Levi Sampaio de Oliveira trabalha com a esposa em uma barraca de frutas e legumes. A maioria dos alimentos vendidos na banca é produzida localmente.
“Compro alguns produtos dos produtores daqui. Algumas coisas, como a cebola e o maxixe, vêm do Ceasa. A gente sempre busca trazer coisas baratinhas para vender”, contou.
O diretor de fiscalização afirmou que a realização da feira durante a noite tem algumas diferenças em relação à feira da manhã. A necessidade de energia elétrica, por exemplo, é determinante para a escolha do local.
Apesar disso, contou o diretor, a Prefeitura tem planos de estender as feiras para outros bairros, a exemplo do que já acontece com a da manhã.
“Estamos testando essa para ver como a população recebe a feira. Os feirantes querem fazer mais feiras noturnas, mas disseram que ainda é cedo para estender a outros bairros”, afirmou.
O vereador Dione Batista (PDT), autor de requerimentos que solicitou a realização da Feira da Lua, também esteve na abertura. Para ele, a realização da feira ajuda no orçamento familiar dos feirantes “em um momento em que a economia nacional demonstra fraqueza”.
“Essa fonte de renda é muito importante. Quanto mais feiras eles fizerem, mais renda vão arrecadar. É bom para os feirantes e também para o município”, afirmou.
Batista contou que ficou surpreso com o movimento na praça Ayrton Senna. “No início, quando o prefeito resolveu fazer aqui, a gente ficou até um pouco apreensivo, mas estou vendo que o pessoal está bem feliz com a escolha”, declarou.
