Da reportagem
A população tatuiana cresceu 0,94% em um ano e chegou a 124.134 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A soma se refere ao contingente calculado até 1° de julho de 2021, publicada no DOU (Diário Oficial da União) na sexta-feira da semana passada, 27 de agosto.
De julho de 2020 a julho de 2021, o aumento foi de 1.167 moradores no município – no ano passado, o órgão estimava 122.967 habitantes. A proporção é maior que a verificada em âmbito nacional. O país cresceu 0,73%, passando de 211.755.652 para 213.317.639 habitantes.
Com a atualização demográfica, a Região Metropolitana de Sorocaba passou de 2.166.860 habitantes para 2.189.284 em um ano (mais 22.424, 1,03%). Em número de habitantes, Tatuí figura na quinta posição entre as 27 cidades que compõem a RMS.
Sorocaba lidera entre os municípios mais populosos da região, com 695.328 moradores. O número é 1,16% maior que o estimado no ano passado (687.357) e representa crescimento maior que a população do Brasil (0,74%) e da RMS (1,03%), com 7.971 novos residentes.
A segunda maior cidade da RMS continua sendo Itu, que passou de 175.568 para 177.150 habitantes na comparação entre 2020 e 2021, o que representa aumento de 1.582 pessoas e crescimento de 0,90%.
A população de Itapetininga, a terceira maior, foi estimada em 167.106 moradores, com avanço populacional de 0,95%. Na quarta posição, Votorantim teve a população calculada em 124.468 e 0,70% de aumento demográfico.
Conforme a pesquisa do IBGE, o maior crescimento ocorreu no município de Iperó, que passou de 37.964 para 38.771 moradores (mais 2,12%). Em seguida, aparecem: Araçariguama, subindo de 22.860 para 23.343 residentes (mais 2,11%); e Boituva, saltando de 62.170 para 63.310 (mais 1,83%).
Da RMS, apenas uma cidade teve a população reduzida. Para o IBGE, Tapiraí perdeu 0,53% dos habitantes, passando de 7.766 para 7.725. São Miguel Arcanjo e Piedade aparecem entre os municípios da RMS que menos cresceram, com 0,20% e 0,34% de aumento demográfico, respectivamente.
Na microrregião local (formada pelos municípios de Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra, Tatuí e Torre de Pedra), a população passou de 307.215 para 311.131 habitantes em um ano, com taxa de crescimento de 1,27%.
O maior crescimento ocorreu em Boituva. Cerquilho, a terceira colocada em número de moradores, teve o segundo maior aumento no mesmo período, passando de 49.802 para 50.631 habitantes (mais 1,66%).
O terceiro maior aumento populacional foi de Porangaba: a sexta maior em número de habitantes ganhou 138 novos moradores em um ano, passando de 10.067 para 10.205 (mais 1,37%).
Quadra, segunda menos populosa, ocupa a quarta posição no ranking percentual dos que mais tiveram aumento demográfico, subindo de 3.854 para 3.902 moradores entre julho de 2020 e julho de 2021 (mais 1,24%).
Cesário Lange ocupa a quinta posição em número de habitantes e crescimento demográfico. O município passou de 18.375 para 18.595 (mais 1,19%). Pereiras, a sétima em população, teve o sexto maior crescimento, subindo de 8.773 para 8.875 moradores (mais 1,16%).
Entre as cidades da microrregião, Tatuí ocupa a primeira posição em número de habitantes e é a sétima colocada em taxa de crescimento demográfico.
As outras duas cidades tiveram crescimento estimado em menos de 1%: Laranjal Paulista, a quarta maior em habitantes, passou de 28.785 para 29.047 (mais 0,91%); e Torre de Pedra, a menos populosa, subiu de 2.422 para 2.432 moradores (mais 0,41%). Nenhuma teve redução na estimativa populacional.
O órgão responsável pela contagem da população aponta, que mais da metade da população brasileira (57,7% ou 123,0 milhões de habitantes) está concentrada em apenas 5,8% dos municípios brasileiros (326 cidades do país com mais de 100 mil habitantes).
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso, com 12.396.372 habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6.775.561), Brasília (3.094.325) e Salvador (2.900.319). Os 17 municípios do país com população superior a um milhão de habitantes concentram 21,9% da população brasileira, ou 46,7 milhões de pessoas.
Na última década, as estimativas da população dos municípios mostraram um aumento gradativo na quantidade de grandes municípios do país. No Censo de 2010, somente 38 municípios tinham população superior a 500 mil habitantes, e apenas 15 deles tinham mais de um milhão de moradores.
Já em 2021, eram 49 os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes e 17 com mais de um milhão.
Apenas 49 municípios do país com mais de 500 mil habitantes concentram aproximadamente um terço da população brasileira (31,9%, ou 68 milhões de habitantes).
Por outro lado, 3.770 municípios (67,7%) que possuem menos de 20 mil habitantes concentram 31,6 milhões de habitantes, o que corresponde a apenas 14,8% da população.
A população das 27 capitais mais o Distrito Federal supera os 50 milhões de habitantes, representando 23,87% da população total do país.
Com relação aos estados, São Paulo segue como o mais populoso, com 46.649.132 habitantes, concentrando 21,9% da população total do país, seguido de Minas Gerais (21.411.923) e do Rio de Janeiro (17.463.349).
Os cinco estados menos populosos somam cerca de 5,8 milhões de pessoas e estão na Região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia.
As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos.
Conforme o IBGE, as populações dos municípios foram estimadas por procedimento matemático e são o resultado da distribuição delas nos estados, projetadas por métodos demográficos, entre os diversos municípios.
“O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos censos demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010”, explica o órgão.
Ainda segundo o IBGE, os efeitos da pandemia da Covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, “devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo”.
O censo da população brasileira é realizado pelo IBGE a cada 10 anos, e deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado para 2021 por causa da pandemia de Covid-19. Em 2021, também não foi realizada por falta de orçamento. A previsão é que aconteça em 2022.
Em 2022, o IBGE informa que trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para se compreender as implicações da pandemia sobre a população em curto, médio e longo prazo.