Em fase final de conclusão, a ponte do Jardim Junqueira deverá ser inaugurada com uma “série de melhorias”. O acesso será liberado – em prazo ainda não determinado – para uso de veículos junto com duas duplicações (de uma marginal e de uma avenida), uma rotatória e a restauração de um prédio histórico.
“Quando a Prefeitura for entregar a ponte, vai abrir, para a população, tudo de uma vez. Inclusive, vamos implantar um dispositivo de acesso em frente ao Bosques do Junqueira e duplicar a marginal do Manduca e a avenida Maria Aparecida Santi”, antecipou a prefeita.
De acordo com Maria José, as obras não estavam programadas inicialmente. O Executivo acrescentou as melhorias na infraestrutura durante a construção do acesso. A ponte do Junqueira caiu no dia 5 de janeiro, por conta das chuvas, tendo sido interditada parcialmente em 17 de dezembro.
O dispositivo fica no trecho que integra a primeira etapa do anel viário do município. Pela marginal do ribeirão do Manduca, passavam, até a queda da ponte, veículos pesados, utilizados para escoamento da produção local, com cargas pesadas. Em função da queda, no dia 6 de janeiro, a prefeita decretou estado de emergência, homologado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, no dia 19 do mesmo mês, e no dia 25, pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Ainda em janeiro, no dia 11, a Prefeitura removeu do leito do ribeirão os escombros da ponte. Em abril, a secretaria recebeu comunicado do Ministério da Integração Nacional sobre a liberação de recursos para a construção da ponte. O documento incluiu a reconstrução da ponte do Jardim Paulista.
O órgão autorizou a liberação de R$ 1 milhão para as duas ligações (cerca de R$ 600 mil para a ponte do Jardim Junqueira e R$ 400 mil para a do Jardim Paulista). As obras da primeira tiveram início em maio deste ano; da segunda, em junho.
“Nós ainda não temos uma estimativa de quando vamos entregar o acesso do Junqueira, porque a liberação vai depender da conclusão das duplicações”, contou a prefeita.
Maria José explicou que a Prefeitura conseguiu recursos para acrescentar melhorias em benefício da região durante o processo de construção da ponte do Marapé.
A Prefeitura liberou o tráfego da ligação que ficou caída por mais de um ano, no dia 10 de agosto, juntamente com a revitalização de trecho da rua Capitão Lisboa e da primeira etapa da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali.
Na ocasião, o secretário municipal das Obras e Infraestrutura, Marco Luís Resende, informou que o Executivo ainda preparava a duplicação da avenida.
O Executivo deverá concluir a ampliação da Maria Aparecida Santi depois de finalizados os trabalhos do “bolsacreto”, que consiste na formação de uma barreira com sacos cheios de concreto para impedir o desmoronamento da via.
Uma parte da avenida cedeu, por conta das chuvas, prejudicando o asfalto. A Prefeitura deverá colocar uma nova camada asfáltica na avenida quando as etapas da duplicação do primeiro trecho da marginal estiverem finalizadas.
“Vamos fazer tudo de uma vez. Quando o asfalto for ser aplicado, será na avenida, na ponte e na marginal do Manduca”, explicou a prefeita.
De acordo com ela, a duplicação da marginal será realizada em etapas. A intenção do Executivo é de ampliar o trecho de circulação de veículos – em especial, para atender aos pesados – da ponte do Junqueira até a ligação ao Jardim Lírio. Entretanto, nessa primeira etapa, a duplicação alcançará a ponte do Jardim Paulista.
“As obras são todas integradas, com pistas duplicadas. Inclusive, talvez não seja possível, mas estamos prevendo a restauração do antigo matadouro”, acrescentou.
O prédio centenário fica dentro da área que abriga o Mangueirão, no trecho que compreende a primeira etapa de ampliação da marginal.
“A ideia surgiu ainda na gestão do ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e terá continuidade na minha, porque é um prédio muito representativo para o município, histórico, e que eu pretendo restaurar”, declarou a prefeita.
Ela mencionou, ainda, que tem acompanhado de perto o processo de revitalização. A prefeita mantém conversas com os engenheiros para avaliar se o imóvel poderá ser recuperado e, inclusive, mantendo as características originais.
“Estamos pensando em como poderemos utilizá-lo, se para visitação ou não. Tudo vai depender do que é possível fazer em termos de restauração”, acrescentou.
A região também deve ganhar uma calçada ecológica, com objetivo de facilitar a conservação e permitir que a população possa fazer uso para caminhadas.
“O projeto é muito funcional e bonito. Quem passar por lá, por exemplo, poderá ver o prédio a ser recuperado, que ficará a dez metros da calçada”, concluiu.