Queiramos ou não, vivemos nas garras da política. Somos o tal “animal político”.
É compreensível que todo político tenha suas ambições e sonhe com as glórias do mundo. Afinal, a ambição é o fermento das conquistas pessoais.
Às vezes, as conquistas pessoais se transformam e se configuram em conquistas coletivas. É o sublime triunfo das verdadeiras vocações voltadas para a luta em busca do bem comum. Apanágio de lideranças reverenciadas pelo povo e pela História.
A tragédia humana reside no conteúdo ético (tantas vezes ausente!) dessas ambições.
O poder é tentador. É perigoso. Ele desnuda o ser humano. Mostra seu caráter. Revela sua alma.
Para uns, a política é a guerra sem sangue e a guerra é a política sangrenta… Para os discípulos de Maquiavel (autor de “O Príncipe”), “os meios justificam os fins”. A oportunidade não pode passar, não pode ser perdida, sob pena de fracasso da estratégia nos embates político-eleitorais.
Para Jacques Maritain, a política é a ciência, a arte, e a virtude do Bem Comum. Outros, no entanto, entendem que a política é aética. Tem seus próprios caminhos nem sempre compreendidos pela opinião pública. Caminhos que às vezes levam ao desastre. O Brasil de nossos dias que o diga!
E nestes tempos de “continências”, bato continência para Jacques, marido de Raissa Maritain…