Da reportagem
Edinilson Aparecido Lima, de 48 anos, foi preso nesta quarta-feira, 21, pela suspeita de ter matado a tatuiana Andreza Schitini, de 35 anos, irmã dele.
Segundo o delegado Luiz Henrique Nunes, as investigações avançaram após a análise de dados do celular da vítima, que estava espelhado no aparelho do filho. Conforme ele, Andreza estava em uma conversa via WhatsApp que foi abruptamente interrompida por volta de 7h15.
Além disso, câmeras de segurança registraram o acusado saindo da residência da família às 8h30, contrariando o primeiro depoimento dele, em que dizia estar em uma obra, trabalhando como pedreiro.
A polícia solicitou a prisão preventiva do homem, que foi conseguida na noite de quarta-feira. Ele deve ser transferido para uma unidade prisional, e o caso foi registrado como feminicídio, destruição e ocultação de cadáver.
O irmão dela foi preso após confessar o envolvimento no crime. Segundo a polícia, a motivação seria problemas financeiros, porque ele não estaria ajudando nas despesas domésticas.
Em depoimento, o irmão alegou que o crime ocorrera durante uma discussão. Ele também teria dito que tinha a intenção de “agredir”, no entanto, acabou matando-a por esganadura. O acusado tinha marcas de unha em algumas partes do corpo, o que pode indicar que Andreza tentou se defender durante a briga.
Em conversa com O Progresso de Tatuí, uma pessoa próxima da família declarou que ficou sabendo da autoria do crime pelo rádio. “Já estava falando, não acreditei, e logo fui falar com o investigador do caso, que confirmou que ele (o acusado) tinha confessado o crime”.
Ela declarou que os irmos tinham “discussões bobas, que fizeram ele ficar furioso e tirar a vida dela”. Estas, geralmente, seriam “pelas contas da casa, pois ele morava lá e queria ficar apenas comendo e dormindo, sem ajudar nas despesas, e Andreza comprava as coisas para os filhos, precisando esconder”.
Já sobre a reação da mãe de Andreza, ela declarou que a mulher ficou “arrasada, pois ninguém espera que um filho teria coragem de matar outro, ainda mais da forma cruel que foi”.
Inicialmente, a polícia acreditava que o crime teria sido cometido por algum ex-namorado. “Abordamos cada uma dessas fontes, desde o possível policial que seria namorado, ao ex-namorado, que talvez a estivesse ameaçando. A gente seguiu várias vertentes e foi analisado todas”, explicou o delegado Igor Barros da Silva.
O corpo dela foi encontrado na sexta-feira da semana passada, 9, no quintal da própria casa, após ficar dois dias desaparecida. Na manhã de quarta-feira, 7, familiares da vítima saíram para trabalhar e ir à escola, enquanto ela ficou dormindo. Quando todos voltaram para o imóvel naquele dia, perceberam que ela não estava, porém, “pensaram que logo voltaria”.
Na manhã do outro dia, perceberam que as coisas da jovem estavam em casa. Então, na sexta-feira, a mãe registrou boletim de ocorrência e, após buscas, o corpo foi encontrado enrolado em um cobertor de um dos filhos dela, debaixo de sacos de lixo.