Pneumonia, septicemia e AVC são as principais causas de morte em junho

Falecimentos por essas doenças tiveram aumento em comparação ao ano passado

Da reportagem

Doenças como a pneumonia, septicemia e o AVC (acidente vascular cerebral) lideraram o índice de mortes por causas naturais em junho. Entre os dias 1º e 30, houve aumento percentual “considerável” no número de declarações de óbitos com essas doenças em comparação ao mesmo período de 2022.

Conforme levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais), no sexto mês do ano passado, dez pessoas morreram por pneumonia.

Já neste ano, foram 16 registros, ou seja, um aumento de 60% (os dados são referentes ao apresentado pelo portal até às 17h do dia 30 de junho).

Nos casos de septicemia (infecção generalizada grave do organismo, causada por microrganismos como fungos, bactérias ou vírus), o aumento é correspondente a 300%, passando de dois registros de óbito pela doença, em junho de 2022, para oito, no mês passado. Já os casos de AVC subiram de seis para 11, no mesmo comparativo.

Apesar do aumento, o índice total de mortes do mês de junho é menor que o apresentado no ano passado. Conforme o portal, 86 mortes foram registradas em 2022; já neste ano, foram 80, o que corresponde a uma queda de 6,97% por causas naturais.

Segundo o levantamento, o índice de declarações de óbitos, registradas em cartório, tendo como causa a insuficiência respiratória caiu de nove, em junho de 2022, para dois, no sexto mês deste ano.

A cidade não registrou morte por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em junho deste ano; já em 2002, um caso foi declarado. No período, também não teve declaração de óbito por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva), nem por Covid-19.

Entre os óbitos por causas cardiovasculares, também ocorreram quedas nas taxas. O índice de infartos caiu de oito, em junho de 2022, para três, neste ano.

Já mortes por questões vasculares inespecíficas apresentaram aumento, de oito para 12, no mesmo comparativo. Outros 28 óbitos deste ano estão relacionados a outros tipos de doenças, enquanto, no ano passado, 37 entraram nesta categoria.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.

A base de dados do portal da transparência é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.

A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.