PMs descobrem plantação de maconha no b. dos Mirandas





Polícia Militar

Militares identificaram pés da planta encontrada por dono de área

 

Policiais militares da 2ª Companhia de Tatuí descobriram uma plantação de maconha no bairro dos Mirandas. Ao todo, a equipe apreendeu, na tarde de segunda-feira, 25, dez pés da planta cultivada. O material passou por avaliação preliminar de peritos de Itapetininga. Ninguém foi detido.

De acordo com o capitão Kleber Vieira Pinto, os PMs chegaram ao local depois de atender a uma solicitação. O dono da área onde havia a plantação ligou para a PM porque desconfiou do formato dos pés. “Ele mesmo nos procurou. Como não tinha certeza, pediu para que verificássemos”, contou.

O dono – de nome e idade não divulgados pela corporação – informou aos militares que encontrou os pés por acaso, quando caminhava pela propriedade.

“O proprietário nos contou que costumava andar pela terra, que é bastante extensa, mas que não havia notado aquele tipo de planta. Desconfiou e nos acionou”, relatou o comandante.

A equipe da PM vistoriou o local e constatou, inicialmente, que se tratava de pés de “Cannabis sativa” (nome científico da maconha). As plantas também passaram por avaliação de peritos do Instituto de Criminalística, de Itapetininga.

Cinco pés precisaram ser arrancados do solo. Eles estavam plantados em uma APP (área de preservação permanente), em meio à mata ciliar da propriedade. Outros cinco estavam em vasos improvisados, feitos de latas de tinta.

Kleber informou que o local onde os PMs encontraram a plantação é “de difícil acesso”. Como o terreno é particular, apenas o proprietário e os responsáveis pelos pés da planta (não identificados) poderiam saber a localização.

“A área é bem escondida, fica bem perto da margem do ribeirão Água Branca. Dificulta o acesso porque se trata de uma área pantanosa”, descreveu.

A vegetação densa também facilitou a camuflagem dos pés, razão pela qual o comandante da 2a Cia. acredita que os criminosos tenham escolhido a área para cultivá-las. Kleber disse, também, que os policiais não localizaram marcas de “diversas” pegadas que indicassem grande movimentação.

Antes de verificar os pés, a equipe militar promoveu campana na região. O objetivo era tentar localizar – e identificar – os responsáveis pelo plantio. “Aguardamos por algum tempo, mas ficou inviável esperar dias, porque isso denota um trabalho mais investigativo, que terá de ser feito daqui para frente”, argumentou.

Segundo o comandante, as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil. Kleber também descarta a possibilidade de que maconha plantada nessa quantidade seja encontrada em outros bairros rurais do município.

Afirmou, ainda, que as folhas da maconha seriam “manufaturadas” para serem comercializadas.

“Já tivemos apreensões em quintais, de um, dois pés. Mas, essa quantia é considerável. Não descartamos a possibilidade de que eles estavam sendo utilizados para o tráfico, porque os pés tinham altura significativa”, citou o capitão.

De acordo com ele, a maioria dos pés tem um metro de altura. “Acredito que, quem os plantou iria usá-los para manufaturar a planta. Secar as folhas, moê-las e, depois, fazer os tijolos para serem vendidos a usuários”, relatou.

Os pés apreendidos deverão ser incinerados com autorização da Justiça e tipificam crime que se enquadra na lei de entorpecentes. “Ele entra na modalidade cultivo”, disse Kleber. A pena varia de três a 12 anos de detenção.