Da reportagem
A época de estiagem, período entre junho e setembro, tem como característica a baixa umidade do ar e a vegetação seca, o que acaba gerando aumento significativo do número de ocorrências de incêndio em vegetação.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 79,76% dos focos ativos registrados no estado de São Paulo durante o ano passado foram neste mesmo período.
Para a cabo PM Mariana Oliveira da Silva, bombeiro educador do 4º Subgrupamento de Bombeiros do 15º GB, os incêndios podem ocorrer em decorrência de ações humanas e por situações meteorológicas adversas, que geram as causas naturais.
Em Tatuí, conforme informado por Carol Eleutério, coordenadora do Departamento de Meio Ambiente, a maioria das ocorrências de incêndios registrados na cidade foi de queimadas provocadas pela ação humana.
Carol informa que o departamento, através do Setor de Fiscalização Ambiental, recebeu 35 denúncias de queimadas em 2021. Em 2022, até a semana passada, foram quatro.
Os “atos humanos” que acabam gerando incêndios comumente são jogar “bituca” de cigarro e colocar fogo em entulho, principalmente em locais próximos a vegetação natural.
Estas ações, além de serem crime ambiental (pela lei 9.605/98), podem acabar causando, como consequência, a perda da biodiversidade (que engloba a fauna e a flora) do local.
De acordo com dados do Inpe, todos os seis biomas brasileiros sofreram com essas ações, principalmente o Cerrado e a Amazônia, que, juntos, sofreram com cerca de 80% dos focos de incêndio do território nacional em 2022.
Mariana ainda afirma que o Corpo de Bombeiros potencializará suas ações de conscientização sobre os riscos de incêndios e, como agravante, o aumento das doenças respiratórias durante o período de estiagem.
“Podemos associar as queimadas, além das consequências permanentes à fauna e à flora, com o agravamento das enfermidades causadas por inalação de fumaça, podendo, inclusive, interferir no controle da situação pandêmica”, completa Mariana.
Em caso de emergência, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros, por meio do telefone 193, a Defesa Civil Municipal, pelos telefones 156 e/ou 199, os quais possuem brigada de incêndio treinadas, além do 181 (disque-denúncia).
A população também pode denunciar as queimadas ao Departamento de Meio Ambiente, pelo (15) 3205-1082. Para denúncias em zona rural, o responsável é o setor de fiscalização rural do Departamento de Agricultura, que pode ser acessado pelo telefone (15) 3251-4386.