Perí­cia deverá determinar causas de incêndio que atingiu moradia

 

Perícia técnica a cargo da Polícia Civil deverá determinar as causas do incêndio que atingiu uma residência no centro da cidade, onde moram duas idosas (de nomes não informados), na tarde de quinta-feira, 20. Nenhuma das duas pessoas (mãe e filha) estava na casa no momento em que as chamas apareceram.

O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar o incêndio em tempo recorde. A equipe de salvamento chegou ao local minutos depois de receber o chamado.

Testemunhas contam que o fogo começou por volta das 13h30. Os bombeiros terminaram o trabalho de rescaldo por volta das 14h10, quando liberaram o imóvel para o filho e outro parente das mulheres.

Localizada na rua Adauto Pereira, 30, na vila Minghini, a residência teve um dos portões arrombados. A equipe de salvamento precisou abrir o acesso, que estava fechado, para tentar controlar as chamas e verificar se havia vítimas.

A corporação recebeu chamado pelo número 193, dando conta de que uma casa estava sendo “totalmente consumida pelas chamas”. Além do incêndio, o fator mais preocupante para os bombeiros era a suspeita de haver ocupantes.

“O chamado entrou para nós como fogo em residência e com pessoa idosa no interior. Quando chegamos, havia muito fogo e muitas pessoas na rua. Elas estavam falando que havia gente dentro”, disse o sargento Sandoval Gomes Nestor.

Conforme ele, por conta da urgência, a equipe precisou agir rapidamente. Os bombeiros chegaram ao local em três viaturas, sendo uma de resgate e duas de combate a incêndio.

A equipe ainda contou com apoio de um caminhão-pipa cedido pela Prefeitura. A Defesa Civil também compareceu ao local para fazer a avaliação da situação estrutural do imóvel. O coordenador-adjunto do órgão, João Batista Alves Floriano, esteve na residência para coletar informações.

Uma vez dentro da casa, os bombeiros constataram que um dos cômodos ficara totalmente comprometido. A casa possui outros quatro cômodos, que foram afetados parcialmente pelo calor.

Os bombeiros iniciaram o trabalho pela sala. Para isso, tiveram de dar a volta na propriedade e entrar pelos fundos, uma vez que o quarto fica de frente para a rua. Eles ainda conseguiram retirar alguns móveis da propriedade antes que o forro cedesse e o telhado da casa desabasse.

“Entramos no quarto para isolar o fogo que estava em queima livre (termo usado pelos bombeiros para se referir a um espaço comprometido pelas chamas)”, contou.

Segundo o sargento, o fogo havia consumido todos os móveis e comprometido a estrutura do telhado. Também afetou as paredes e chegou a ser visto por populares no vão onde estavam as vigas de madeira que sustentavam o teto.

As telhas caíram depois que a equipe já havia retirado os objetos da propriedade. “Nós conseguimos chegar antes de tudo cair”, descreveu o sargento.

A ação é uma das etapas do conceito denominado “Sicer” (salvamento, isolamento, confinamento, extinção e rescaldo), usadas no procedimento de combate a incêndio. “Vamos sempre por etapas, mas é um combinado”, disse Nestor.

No caso do incêndio, a equipe dividiu tarefas, com parte dos bombeiros atuando para apagar as chamas, outra para liberar os acessos e uma terceira parte para retirar os imóveis dos cômodos. O sargento explicou que, sempre que pode, a corporação tenta auxiliar na preservação dos patrimônios dos imóveis.

Uma parte dos móveis mais próximos ao quarto foi atingida pela ação do fogo. Nestor explicou que o calor por irradiação, gerado a partir da queima e potencializado pela temperatura externa (os termômetros marcavam, no momento do incêndio, 33,3 graus), afetou alguns móveis.

No caso em específico, ele descartou algum risco de explosão por botijão de gás. O motivo é que o bujão da residência ficava na parte externa e não dentro dela. Entretanto, conforme o sargento, a fumaça que chamou a atenção de pessoas pode ter contribuído para a dissipação do calor, com danos na estrutura.

Os bombeiros encerraram o atendimento por volta das 14h20, quando recolheram o material de trabalho e retornaram com as viaturas para a base do subgrupamento. Na sequência, a Polícia Militar ouviu testemunhas e elaborou registro. A perícia ainda não havia estado no local até o fim da tarde de quinta.

De antemão, o sargento informou que não tem como apurar as causas do incêndio. “Olhando, dá para pensar que pode ter sido a parte elétrica, mas não temos como precisar. O que eu posso dizer é que o fogo começou no quarto”.

Ao todo, dez bombeiros trabalharam no controle do incêndio. A equipe chegou ao local em menos de cinco minutos e, em pouco mais de meia hora, já havia extinguido as chamas, realizado o rescaldo e ouvido testemunhas.