
Da redação
Realizado pela Dupla Companhia, grupo teatral de Tatuí, em parceria com o Ministério da Cultura, do governo federal, e a Secretaria de Estado da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do governo do estado de São Paulo, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com apoio da prefeitura de Tatuí, o Curso de Formação em Artes da Cena encerra a segunda edição com a apresentação dos espetáculos “A Máquina” e “Febril”, ambos dirigidos por Miranda Gonçalves.
As sessões gratuitas acontecem nestes dias 26 e 28, quarta e sexta-feira, na sede da Dupla Companhia – o Centro de Difusão, Criação e Produção Cultural (rua Antônio Tricta Júnior, 262, vila Dr. Laurindo), com classificação indicativa de 14 anos e recursos de acessibilidade em Libras.
A programação é realizada da seguinte forma: “A Máquina” tem apresentações hoje e na quinta-feira, 27, às 19h30 e 21h; já “Febril” será apresentado na sexta-feira, 28, às 19h e 21h. A entrada é gratuita.
Desenvolvido ao longo de seis meses, o curso integrou práticas e estudos relacionados à criação cênica, “à escrita de mulheres brasileiras e aos eixos memória, território e identidade”.
Dividida em dois níveis, a formação contou com um primeiro ano dedicado ao “desenvolvimento de uma linguagem de teatro brasileiro” e um segundo ano focado no “aprofundamento” em obras clássicas e pesquisas autorais.
O espetáculo “A Máquina”, criado pela turma do primeiro ano, é inspirado no romance homônimo de Adriana Falcão e mergulha em um universo poético que mistura humor, imaginação e afeto.
A montagem resulta de pesquisas em jogos teatrais, improvisação, corpo, voz e metodologias colaborativas, “explorando formas de narrar histórias em diálogo com o território e o presente”.
Já “Febril”, criado pela turma do segundo ano, é um solo de Isménia Leão inspirado em “Mata teu Pai”, de Grace Passô. O trabalho aborda temas como corpo, mito, maternidade, violência estrutural e resistência, “estabelecendo conexões entre a figura mítica de Medeia, a dramaturgia contemporânea e experiências de mulheres que vivem em contextos marcados por desigualdades”.
“A criação aprofunda investigações sobre adaptação, dramaturgia e poéticas femininas”, conforme divulgado.
Para o diretor artístico da Dupla Companhia, Lucas Gonzaga, “a finalização de mais uma edição do curso evidencia a força da formação artística no interior paulista”.
“Formar artistas aqui é reconhecer que existe uma potência silenciosa nesse território. Seguimos abrindo espaço porque a escuta transforma – ela nos devolve ao que somos e aponta o que ainda podemos ser”, declarou.









