Otimismo e variedade marcam o primeiro dia da ‘Festa do Doce’





Gleicy Ellen de Almeida Domingos

Público compareceu ‘em peso’ em primeiro dia de evento

 

Élida Flores é doceira “de mão cheia”. Paula Virgínia de Camargo Barros Medeiros também. Além do ofício em comum, ambas dividem as mesmas expectativas com relação à terceira edição da “Festa do Doce”.

O evento promovido pela Prefeitura, por meio do Departamento Municipal de Cultura e Desenvolvimento Turístico, teve início na manhã de sexta-feira, 10, e segue até este domingo, 12. A abertura aconteceu a partir das 11h30, com lançamento de livro de receitas do Fundo Social de Solidariedade e presença ilustre da madrinha do evento, a atriz tatuiana Vera Holtz.

Também acompanharam a abertura, a primeira-dama e presidente do Fundo Social, Ana Paula Cury Fiúza Coelho, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, e o chefe gastronômico Lucas Corazza, especializado em patisserie.

Sediada na Praça da Matriz, a festa apresenta uma novidade. Em 2015, ela agregou o festival de música “Com Açúcar e Com Afeto”. Ele consiste em apresentações de grupos musicais, fazendo referência aos três títulos do município: o de “Capital da Música”, “Cidade Ternura” e “Terra dos Doces Caseiros”.

Na sexta-feira, a programação musical iniciou-se às 12h, com a apresentação da Tatuí Jazz Sinfônica. Às 13h, houve apresentação de Rose Araujo e Luizinho Gonzaga. Em seguida, apresentaram-se: “Na Casa da Tia Ciata”, às 14h; Flaviano, às 15h; Duo Ditinho e Marcelo Kimura, às 16h; Seresteiros com Ternura, às 17h; Ritmos do Brasil, às 18h; Bravo, às 19h; o cantor sertanejo Nando Nunes, às 20h; e Mr. Brass, encerrando o dia às 21h.

Neste sábado, o show começa às 10h com a Banda Carlos Gomes. A programação segue às 11h, com a Banda Bodo Batista; às 12h, com Kizumbamba; às 13h, com a Jazz Combo; às 14h, com a Banda Opá; às 15h, com Julio Nascimento e Trio; às 16h, tem viola caipira; às 17h, com Mr. Grow; às 18h, com a Banda Estratosfera; e, às 20h30, entra no palco o Trio Clariô.

Este domingo, 12, começa com apresentação de DJ, às 10h, seguindo com a banda Municipal Gomes Vedi, às 12h. Às 13h, será a vez de Quitanda; seguida por Samba em Família, às 14h; Evelyse, às 15h; Camerata Les Ensembles, 16h; Trio Top, às 17h; Banda Smart, às 18h, e Les Ensembles Festa, às 20h30.

Otimista com o evento, a veterana Élida trabalha com “cupcakes” personalizados. A doceira está apostando alto e espera vender mais que no primeiro e segundo anos. “Houve um aumento de público e nós já conseguimos vender bastante hoje (no primeiro dia da festa, na sexta)”, afirmou.

Para atender a demanda do público – e a previsão de vendas –, Élida disse que produziu o triplo do que fabrica em outras festas (os números não foram precisados à reportagem). “Acho que a Festa do Doce é importante para deixar a cidade mais conhecida, o que acaba trazendo mais pessoas de fora para visitar”, disse.

Com o mesmo otimismo, Paula Virgínia apostou na variedade como forma de agradar o público. “Caloura” no evento, ela disse que se surpreendeu com o público, no primeiro dia. Também mencionou que registrou “muitas vendas”.

“Trabalho com doce há seis anos, e, para a Festa Doce, preparamos maçãs do amor personalizadas e tradicionais”. Elas são o carro-chefe da doceira, mas estão acompanhadas de pirulitos de chocolate, espetos de morango e “cupcakes”.

Mais que concretizar a venda, Paula Virgínia considerou o evento importante por conta do fortalecimento do comércio e da característica do município. Conforme ela, a iniciativa visa estimular o empreendedorismo e o turismo, já que atrai doceiros e consumidores da cidade e de municípios vizinhos.

A participação no evento aconteceu por incentivo de amigos e após reuniões com o comitê organizador, realizadas no Centro Cultural Municipal. Os trabalhos de definição de espaços, de formatação do ambiente foram realizados pelo diretor do departamento responsável, Jorge Rizek.

Na festa tatuiana, vendedores contentes equivalem a espectadores com o mesmo sentimento. Tânia Cristina de Camargo Gomes afirmou que ficou surpresa com o evento. Ela esteve na Praça da Matriz para conferir os doces no primeiro dia da festa. Saiu de lá com as melhores impressões possíveis.

“É minha primeira vez aqui. Estou achando tudo muito bom. Já experimentei algumas coisas. Amo doce e acho que não corro o perigo de ter diabetes”, brincou.

Moradora da cidade de Pereiras, Tânia considerou o evento como “fundamental” para Tatuí. Em especial por conta do comércio e por reforçar uma tradição do município. “Tatuí é a cidade do doce. Então, essa festa divulga bem. Nós percebemos que existem profissionais muito bons nessa área. Então, isso tem de continuar. Nota-se o sucesso pelo público”, comentou.

A visitante conferiu os doces e as novidades acompanhada do filho (Pedro Henrique) e elogiou não só a organização, como o evento de modo geral. “A festa superou minhas expectativas”, disse. O mesmo aconteceu com Milton Hariki, doceiro que mantém estande para venda de bananas com cobertura.

“Essa é a minha segunda participação na Festa do Doce, mas, a meu ver, está sendo bem melhor que a primeira. Acredito que isso é devido ao clima e a boa divulgação. Em geral, propagou-se bastante”, disse o expositor de doces.

Hariki contou que o produto foi desenvolvido seguindo modelo dos parques temáticos dos Estados Unidos. “O trabalho é recente. Começamos no ano passado”, iniciou. O empresário começou a produção com base na experiência do ano passado, quando esteve entre os doceiros da festa tatuiana.

“O bom foi que realizamos uma primeira ação e, aí, decidimos produzir. E o público está aceitando bem”, declarou Hariki. Também de olho nas vendas, ele apostou na variedade, ampliando a cobertura de sete para dez sabores.

A diversificação foi elogiada por Cristiane Bastos. Frequentadora da festa desde a primeira edição, ela mencionou que notou “muitas variedades” neste ano em comparação com 2013. Também afirmou que a organização melhorou.

Para a tatuiana, o evento não só fornece possibilidades de sabores para quem o visita, como valoriza a produção local. No que depender dela, que passou pela festa na tarde de sexta-feira, pelo menos uma parte das vendas está garantida.

Natural de Botucatu e morador do Pará, Eduardo Pedro veio de longe para conferir os doces. O idoso de 80 anos aproveitou a estadia em Tatuí (ele veio para o aniversário do genro) para conferir as novidades e experimentar os doces. “Nunca vi coisa igual”, disse ele, encantado com os doces e a música.