Dr. Jorge Sidnei Rodrigues da Costa – Cremesp 34.708 *
12. Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (vacina tríplice viral – SCR; tetraviral – SCRV; varicela). Aos 12 meses de idade: devem ser feitas, na mesma visita, as primeiras doses das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela (V), em administrações separadas, ou a vacina tetra viral – as quatro vacinas juntas: sarampo, caxumba, rubéola e varicela (SCRV).
A vacina SCRV se mostrou associada a uma maior frequência de febre em lactentes que recebem a primeira dose com esta vacina quando comparada às vacinas varicela e tríplice viral em injeções separadas.
Aos 15 meses de idade, deve ser feita uma segunda dose, preferencialmente com a vacina SCRV, com intervalo mínimo de três meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV. Em situações de risco como, por exemplo, surtos ou exposição domiciliar ao sarampo, é possível vacinar crianças imunocompetentes de 6 a 12 meses com a vacina SCR.
Em casos de surtos ou contato íntimo com caso de varicela, a vacina varicela pode ser utilizada a partir de 9 meses de vida. Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12 meses de idade não são consideradas válidas, e a aplicação de mais duas doses após a idade de um ano é necessária.
O PNI introduziu a segunda dose da vacina varicela aos 4 anos de idade em 2018. A vacina varicela pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas.
13. Hepatite A – A vacina deve ser administrada em duas doses, a partir dos 12 meses de idade. O PNI oferece a vacina em dose única aos 15 meses. A SBIm recomenda a primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda aos 18 meses (esta deve ser feita na clínica particular de vacinação).
14. Febre amarela – Indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos dez dias antes da data da viagem). Indicada também para pessoas que se deslocam para países que exigem a comprovação de vacinação.
Nas áreas com recomendação de vacina, face à situação epidemiológica atual, de acordo com o PNI, recomenda-se apenas uma dose da vacina na vida, sem necessidade de reforços.
No entanto, a ocorrência de falhas vacinais primárias, especialmente em crianças com idade inferior a 2 anos, faz com que a aplicação de uma segunda dose seja desejável, em geral a partir dos quatro anos de idade.
Para viagens internacionais, prevalecem as recomendações da OMS com comprovação de apenas uma dose. Lactantes de bebês menores de 6 meses de idade, quando vacinadas, devem ser orientadas para a suspensão do aleitamento materno por dez dias após a vacinação.
Deve ser evitada a aplicação da vacina febre amarela no mesmo dia que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em crianças menores de dois anos, devido à possível interferência na resposta imune, sendo ideal guardar um intervalo de 30 dias entre a aplicação das duas vacinas.
15. HPV – Existem duas vacinas disponíveis no Brasil contra o HPV (Papilomavírus humano): a vacina com as VLPs (partículas semelhantes aos vírus – “vírus-like particle”) dos tipos 16 e 18 (HPV2) – (Cervarix) e a vacina com as VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18 (HPV4) (Gardasil), que são recomendadas em duas doses com intervalo de seis meses entre elas para indivíduos entre 9 e 14 anos, e em três doses (0, 1 a 2 e 6 meses) para maiores de 15 anos.
A HPV4 está indicada para ambos os sexos (está disponível na rede particular) e a HPV2 apenas para indivíduos do sexo feminino. Nós preferimos fazer a Gardasil (contra quatro vírus, que combate as verrugas genitais em meninos e meninas e contra o câncer do colo do útero em meninas). Seguimos a recomendação do laboratório fabricante, que recomenda três doses (0-2m-6m).
16. Dengue – A vacina dengue foi licenciada em nosso país no esquema de três doses (0, 6 e 12 meses) e está recomendada para crianças e adolescentes a partir de 9 anos até no máximo 45 anos que já tiveram infecção prévia pelo vírus da dengue (soropositivos).
Está contraindicada para gestantes, mulheres que amamentam e portadores de imunodeficiências. A vacina não deve ser administrada simultaneamente com outras vacinas do calendário.
Portando, o esquema completo são três doses, sendo uma dose aplicada a cada seis meses e imuniza contra os quatro tipos do vírus da dengue (DEN 1, DEN 2, DEN 3, DEN 4). E repetindo, só pode ser feita em pessoas que já tiveram algum tipo de dengue.
17. Herpes zoster vacina
Sim, existe a vacina contra o herpes zoster, que é o “cobreiro” e atinge mais pessoas de terceira idade, acima dos 50 anos. E é a melhor forma de se evitar a doença: tomando a vacina contra o herpes zoster (Zostavax), que pode ser tomada por qualquer pessoa acima de 50 anos, mesmo se já teve a doença, pois ela protege de uma nova recidiva e melhora o quadro da pessoa com a doença (melhora sensivelmente a dor). Ela está disponível somente nas clínicas particulares de vacinação.
Nota do autor: Em virtude do período chuvoso do verão, o qual estamos vivendo, há uma grande chance de retornar os casos de dengue. Todo cuidado é necessário para evitar a reprodução do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Por isso, a importância daqueles que já tiveram dengue uma vez. Nessas pessoas, está indicado tomar a vacina que contém os quatro tipos de dengue, não correndo risco de ter dengue hemorrágica (que pode acontecer na segunda infecção).
A vacina Dengváxia está disponível nas clínicas particulares de vacinação, como no caso do nosso Centro de Vacinação (Sou Doutor Cevac). Informamos, ainda, que temos disponíveis as vacinas de imunoterapia contra pó e ácaros (dermatofagoides e blomia tropicalis) e mofo; contra picadas de insetos; contra candidíase (monilíase) vaginal de repetição; contra herpes de repetição e a imunoterapia bacteriana (contra infecções por oito bactérias diferentes que causam amigdalites, otites, sinusites e pneumonias). Temos a maioria dessas vacinas também por via oral.
Fontes: site da SBP: www.sbp.org.br – site do CEVAC: www.soudoutorcevac.com.br – site do Ministério da Saúde
* Médico especialista em pediatria pela AMB (Associação Médica Brasileira) – SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), membro da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia). Diretor clínico do Sou Doutor Cevac – Centro de Vacinação Humana de Tatuí “Dr. Jorge Sidnei”, desde 1982, e aplicador das vacinas na clínica.