Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegura o ensejo de trabalho, que dê futuro a juventude e segurança à velhice.
Charles Chaplin
O Jovem e o Brasil
Para compreendermos a juventude e os jovens no momento presente, devemos levar em conta as relações que estes estabelecem em suas famílias, nas escolas e, principalmente, no mercado formal de trabalho e no trabalho assalariado.
A juventude atual foi gerada entre fins da década de oitenta e noventa. Acompanhou a virada do século, a queda das torres gêmeas, as mudanças climáticas.
Cresceu ouvindo questões sobre meio ambiente, ecologia, efeito estufa, criando assim uma consciência e visão de mundo que as outras gerações não tinham. O jovem de hoje é tecnológico.
O celular passa a ser um item vital para ele que está sempre conectado com tudo e todos. Facebook, Instagram, Twitter, entre outras redes sociais são o espaço de lazer do jovem, e ao mesmo tempo o lugar onde ele se mantém atualizado sobre as notícias do país e do mundo.
A tecnologia teve um impacto tão grande na vida das pessoas, que houve uma mudança de comportamento até mesmo na geração adulta, que ao contrário do modelo tradicional, hoje também quer sentir-se jovem, em meio à facilidade das redes sociais.
Aprender passou a ser algo mais prazeroso. A escola ainda tem o papel central na formação do jovem, mas com a internet é possível aprender de maneira independente, o que abre uma gama infinita de possibilidades.
São tantos conteúdos, vídeos que para aprender basta querer. Desde um novo idioma, cozinhar, tocar um instrumento, enfim qualquer coisa.
Na geração atual, o jovem pode ser quem e o que ele quiser: veterinário, advogado, jornalista, médico, cozinheiro, músico, etc.
Ao contrário da época de nossos pais, quando o conhecimento era limitado, o dinheiro e o tempo eram curtos, hoje, o jovem pode planejar melhor seu futuro.
O mercado profissional é mais aberto para este público, oferecendo cursos profissionalizantes, programas de jovem aprendiz, e estágios em empresas.
No Brasil, o trabalho ainda é uma das maiores preocupações do jovem brasileiro. O anseio com estudar e se especializar também vem crescendo. Infelizmente, o acesso a universidades públicas ainda é muito restrito no país.
Grande parte dos jovens sai do ensino médio e vão direto para o mercado de trabalho, poucos vão para a universidade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de instrução cresceu de 2017 para 2014, sendo que o grupo de pelo menos 11 anos de estudo, na população de 25 anos ou mais de idade, passou de 36,6% para 42,5%.
O nível de instrução feminino manteve-se mais elevado que o masculino. Em 2014, no contingente de 25 anos ou mais de idade, a parcela com pelo menos 11 anos de estudo representava de 40,3% para os homens e 44,5% para as mulheres.
O perfil do jovem no Brasil se divide em vários, existem os que planejam uma carreira se formando e trabalhando em multinacionais.
Também os que optam pelo caminho acadêmico, fazendo mestrado, doutorado e muitas vezes até optando uma carreira no exterior.
E outros que estão no mercado de trabalho ou desempregados, muitos ainda não têm algo bem definido, talvez estejam tentando se descobrir.
A parcela de jovens com formação acadêmica e desempregada no país é grande, tendo como principal causa à crise econômica que tem afetado pessoas das mais variadas idades e grau de instrução.
Os jovens dessa geração são sonhadores, inquietos, cheios de incertezas, mas de uma coisa sabemos bem: somos jovens e ainda temos um futuro inteiro pela frente. Todos os dias podemos nos reinventar.