RAUL VALLERINE
A prioridade da população em relação à mobilidade urbana está em transformação. As novas gerações estão mais preocupadas com o meio ambiente, buscam mais qualidade de vida e valoolunrizam o seu tempo.
A mobilidade urbana sustentável é um tema crescente no Brasil e é cada vez mais comum empresas buscarem formas de implementar essa solução em seus serviços. Mobilidade urbana é o deslocamento de pessoas ou bens em uma cidade.
Basicamente, a expressão se refere aos meios de transporte que você usa para se deslocar ou a forma que suas encomendas chegam até você, por exemplo.
Já a palavra sustentável remete à ideologia da sustentabilidade, que, neste caso, aplica a ideia de suprirmos nossas necessidades do presente, sem afetar as gerações futuras.
Unindo as três palavras, chegamos à definição do termo ‘mobilidade urbana sustentável, como: formas de deslocamento pela cidade que não sejam nocivas ao meio ambiente.
Já sabemos do que a mobilidade urbana sustentável trata. Mas como implementá-la na prática, no seu cotidiano? Algumas soluções atuais fazem sucesso e você provavelmente já até usou alguma.
Abastecer o veículos com combustíveis limpos ou renováveis como etanol, biometano e eletricidade, que contribuem cada vez mais para um mundo mais sustentável.
Podemos utilizar transportes alternativos, como bicicletas, patinetes elétricos e skates, que não emitem gases poluentes e ajudam a diminuir o trânsito nas ruas.
Podemos aplicar o Redesenho urbano, que é um exemplo do projeto criado em Paris chamado “cidades de 15 minutos”. A ideia é revisitar a estrutura da cidade e encurtar as distâncias para até 15 minutos a pé entre residências e serviços essenciais, como mercados e farmácias.
A integração modal que é uma ideia de oferecer um ecossistema de transporte público e privado formado por metrôs, trens, carros de aplicativos e outros veículos para criar conexões e otimizar rotas e ampliar a possibilidade de deslocamento.
Esse conceito já é colocado em prática nas grandes cidades, mas a maioria integra apenas transportes públicos.
O uso das caronas compartilhadas cuja ideia é unir pessoas de uma empresa que moram em locais próximos para aproveitarem um único veículo como meio de transporte.
Isso ajuda a diminuir a quantidade de veículos circulando e na diminuição do fluxo de veículos transportando apenas o motorista.
A mobilidade urbana sustentável surge como uma solução à mobilidade urbana comum. Sua proposta é solucionar a má utilização do espaço público e o alto consumo de energia e recursos naturais.
A alta concentração de veículos nas ruas, por exemplo, aumenta a poluição, o risco de acidentes, os engarrafamentos e até alguns problemas de saúde advindos da qualidade do ar.
Esse conceito traz, então, um novo olhar ao meio urbano: o de convivência e de zelo pelo meio ambiente, já que contribui para a redução da emissão do gás.
Com o auxílio de inteligência artificial (IA) e big data, as cidades de fato inteligentes e com sistemas integrados passam a ser cada vez mais possíveis. Na mobilidade urbana, compilar e analisar dados do tráfego urbano ajudam a organizá-lo melhor.
Fazem parte deste cenário o desenvolvimento e a real inclusão de carros autônomos na frota veicular e a proliferação da Internet das Coisas (IoT) para, entre outras coisas, autorregular semáforos em função do trânsito ou disparar avisos sobre vagas de estacionamento.
Além disso, espera-se que os carros elétricos ganhem uma maior fatia do mercado. Segundo um relatório do Rocky Mountain Institut, empresa que presta consultoria na área de sustentabilidade, a expectativa é que até 2030 este tipo de automóvel represente de 62% a 86% da frota.
O que, claro, exigiria toda uma transformação de como a mobilidade urbana é desenhada para atender as necessidades destes novos consumidores.