RAUL VALLERINE
Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa, ou Pessach, é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, Páscoa é amor!
Chegamos ao domingo de Páscoa, o ponto máximo da grande celebração da cristandade; o domingo da ressurreição chegou! Ficou para trás a tristeza da traição, a agonia do jardim do Getsêmani, a dor cruel do calvário, a morte na cruz, o sangue derramado e a incógnita pelo silêncio do sábado.
Agora é domingo e sua maior mensagem é a de que a cruz está vazia. O túmulo está vazio e a fé está viva em todo mundo, porque Jesus, o Cristo, ressuscitou e vive eternamente.
A festa da Páscoa é de origem judaica (Pessach) instituída antes mesmo do surgimento do Cristianismo. Tratava-se de uma comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.
A Páscoa foi ampliada pelo Cristianismo com um novo sentido, o sentido do Evangelho, o de que Jesus veio nos libertar dos nossos pecados pelo sangue inocente do Cordeiro de Deus. Como está Escrito: “No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” João 1:29.
Durante as festividades da Pessach, é feito um jantar especial de comemoração chamado “Sêder de Pessach”, que tem o objetivo de reunir toda a família. O Pessach judeu é comemorado durante sete dias.
Absorvendo a raiz de origem judaica, a Páscoa cristã, pela sua história significa a festa mais importante para o Cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus.
Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, período conhecido como Quaresma, os cristãos se dedicam à meditação para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz do calvário por amor a humanidade.
A Semana Santa começou domingo passado com o chamado “Domingo de Ramos”, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam as ruas da cidade de Jerusalém com folhas de tamareiras, para comemorar a sua chegada.
A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos lembram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos, o domingo é o dia da vitória da morte sobre a Cruz, é o domingo da liberdade, o bem triunfando sobre o mal.
Segundo as Escrituras, Jesus, por ser judeu, participou de várias celebrações pascais. Por isso ele pousava na casa dos seus amigos em Betânia, Lázaro, Marta e Maria.
Quando tinha doze anos de idade foi levado pela primeira vez por seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram algumas das histórias do Novo Testamento da Bíblia.
A mais famosa participação relatada na Bíblia foi a chamada “Última Ceia”, na qual Jesus e os seus discípulos fizeram a “comunhão do corpo e do sangue”, simbolizados pelo pão e pelo vinho.
Nesta oportunidade, Jesus nos deixou uma ordenança que, após sua partida, seu povo deveria sempre se lembrar, até a sua volta, de que seu corpo e seu sangue foram entregues para que cada um de nós tivéssemos comunhão com Ele.
A igreja cristã guarda e celebra esta ordenança periodicamente em suas liturgias.
Neste dia tão importante para todos nós, o essencial é lembrarmos de que Jesus ressuscitou e hoje Ele vive, governa e intercede junto ao Pai por todos nós individualmente, que seja hoje também um tempo de ressurreição para sua vida, sonhos e projetos com Deus. Feliz Páscoa! Jesus já ressuscitou em seu coração também?