Nos tempos do governo militar, que começou no Brasil em 1964, a censura foi dura, uma maneira de controlar, de forma radical, o que se publicava, falava e gravava.
Muitas músicas passavam pelo crivo da censura do governo, todas que, no entender dos militares, causassem desconforto ao regime. Chico Buarque, por exemplo, foi um dos compositores mais perseguidos e que tiveram muitas músicas censuradas ou, simplesmente, versos descaracterizados na sua real expressão artística.
Augusto da Costa foi um dos censores mais rigorosos da época, era funcionário da temida Polícia Especial do governo de Getúlio Vargas. Após o fim da era Vargas, Augusto passou para a Divisão de Censura, já no governo militar.
Após o endurecimento do regime, com o AI-5, em 1968, Augusto da Costa, entre outros censores, foi mais rigoroso e durão ainda. Pena que o Augusto não foi assim tão valente contra os uruguaios na final da Copa de 1950, quando o Brasil perdeu em pleno Maracanã: ele era o zagueiro direito e capitão do time brasileiro.
A foto é do Sul-Americano realizado no Brasil, partida no Pacaembu, dia 10 de abril de 1949, vitória por goleada: 10 a 1sobre a Bolívia. Flávio Costa era o treinador.
Em pé: Rui (São Paulo), Augusto (Vasco), Mauro (São Paulo), Barbosa (Vasco), Bauer e Noronha (ambos do São Paulo). Agachados: Mário Américo, Cláudio (Corinthians), Zizinho (Flamengo), Nininho (Portuguesa de Desportos), Jair Rosa Pinto (Flamengo) e Simão (Portuguesa de Desportos). Curiosidade do futebol. Grandes histórias. Grandes craques.
NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade.