RAUL VALLERINE
“A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida”.
“Eis que vos trago uma Boa Nova de grande alegria: na cidade de David acaba de vos nascer, hoje, o Salvador, que é Cristo, Senhor. Glória a Deus nas alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade”.
Assim foi anunciado, aos pastores de Belém, por um Mensageiro celeste, o grande acontecimento. Nas palavras “vos nascer” está toda a importância do Natal. Jesus nasceu para cada um em particular.
Não se trata de um fato histórico, de caráter geral. É um acontecimento que, particularmente, diz respeito a cada um. Realmente, a obra do Nazareno só tem eficácia quando individualizada.
A redenção, que é obra de educação, tem de partir da parte para o todo. Do indivíduo para a coletividade. Enquanto esperamos que o ambiente se modifique não haverá mudanças.
Cada um de nós deve realizar a sua modificação. Depende somente de nós. O Natal, desta forma, é aquele que se concretizará em nós, com a nossa vontade e colaboração.
O estábulo e a manjedoura da cidade de David não devem servir somente para composições poéticas ou literárias. Devemos entendê-los como símbolos de virtudes, sem as quais nada conseguiremos no que diz respeito ao nosso aperfeiçoamento.
A nossa alma, enquanto habitamos o planeta Terra, ela não progride ao acaso. Mas sim pela influência das energias de força orientadas por Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Assim, toda a magia do Natal está em cada um receber e concentrar em si, o período que antecede o período do advento. Jesus é uma realidade. Ele é a Verdade, a Justiça e o Amor.
Onde estes elementos estiverem presentes, Ele aí estará. Jesus não é o fundador de nenhum credo ou seita. Ele é o revelador da Lei Eterna, o expoente máximo da verdade, da vontade de Deus. Jesus é a Luz do Mundo.
Assim como o sol não ilumina somente um hemisfério, mas sim toda a Terra, assim o Divino Pastor apascenta com igual carinho todas as ovelhas do Seu rebanho.
O Espírito do Cristo vela sobre a África, a Ásia, a Europa, a América, Oceania e a Antártida. Não importa que O desconheçam quanto à denominação.
Ele inspira aos homens a revelação divina, o Evangelho do Amor. Aqui Lhe dá um nome, ali outro título. O que importa é que Ele é o mediador de Deus para os homens, e intérprete da Sua Lei.
Onde reside o Espírito do Cristo, aí há liberdade. Jesus jamais obrigou ninguém a crer desta ou daquela forma. Era um sábio educador, pois sabia falar ao íntimo da criatura, despertar as energias latentes que ali dormiam.
Esta Sua obra está pautada na educação. Porque educar é pôr em ação, é agitar os poderes das almas, dirigindo-as ao bem e ao belo, ao justo e ao verdadeiro.
Este é o ideal de perfeição pelo qual anseia a alma em sua evolução no planeta Terra. Jesus nasceu há mais de vinte séculos, mas o Seu aniversário, como tudo o que Dele provém, reveste-se de perpetuidade.
O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete todos os dias. Foi de ontem, é de hoje, será de amanhã e de sempre.
Os que ainda não sentiram em seu interior a influência do Espírito do Cristo ignoram que Ele nasceu. Só se sabe das coisas de Jesus por experiência própria.
Só após Ele haver nascido na palha humilde do nosso coração é que chegamos a entendê-Lo, assimilando em Espírito e Verdade os Seus ensinos.
Despojemo-nos de todo o preconceito, de toda atitude de desamor, de ódios, de mágoas, de rancores, de desavenças, de egoísmo e, certamente, festejaremos o Natal como se fosse à primeira vez. Irmãos, recordemo-nos que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Que Sua mensagem de amor lhe penetre a alma em profundidade e que juntos possamos, em nome Dele, espalhar sementes de bondade, pela terra dos que não creem, porque ainda não O conhecem.