‘Não é raro acontecer’, diz capitão sobre pane no sistema do Samu





Panes telefônicas como a que afetou o sistema de comunicação da Central Regional do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), no final de semana passada, não são raridade. É o que afirmou, nesta semana, o comandante do Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de Tatuí, capitão Alexandre Riquena Costa.

De acordo com ele, a falha que deixou os telefones do serviço 192 mudos por 48 horas não prejudicou a população. Riquena afirmou que as ligações foram redirecionadas da central para o 193, da corporação.

O direcionamento havia sido solicitado pela equipe de Itapetininga, onde funciona a central. Na manhã de sábado, 23 de novembro, a equipe de atendimento notou que os chamados haviam cessado e que as ligações não se completavam.

“Felizmente, naquele final de semana, calhou que tivemos um período ‘muito tranquilo’. Aqui, nós não registramos muitas ocorrências nesse intervalo de tempo”, disse o comandante.

Riquena não divulgou o número de solicitações registradas pela corporação entre o último sábado e o domingo do mês passado. Disse, apenas, que monitorou as ligações porque atuou como supervisor não só de Tatuí, mas da região.

“Foi até atípico. Muito tranquilo, mesmo. Não tivemos nenhuma grande emergência. Então, por uma coincidência, a população não foi afetada pelo problema do Samu. Felizmente, nós temos, aqui (em Tatuí), esses dois serviços”, argumentou.

O capitão explicou que, no caso do município, a população conta com os telefones 192 e 193. Deste modo, quem não conseguiu atendimento via Samu ligou para o Corpo de Bombeiros, para solicitar socorro. “Podemos dizer que não tivemos problemas. Pelo menos, nenhum chegou até mim”.

Riquena contou que o redirecionamento de ligações havia sido solicitado pela central de regulação. Assim que percebeu o problema, o Samu regional entrou em contato com o comando de Tatuí para pedir que os chamados fossem atendidos pelos bombeiros. “Aí, nós tivemos a notícia”, recordou.

O capitão frisou que panes telefônicas são consideradas comuns pelos serviços de urgência e emergência. Eles ocorrem, na maioria das vezes, por quedas de postes ou furto de fiação, como no caso da central da cidade de Itapetininga.

“Não é raro acontecer esse tipo de coisa, dar algum problema de telefone. Aconteceu em Sorocaba e em Itapeva, onde eu trabalhava. Aqui, no município, eu ainda não tive notícia”, disse.

De acordo com o capitão, o problema do mês passado serviu para que a população tenha conhecimento – e possa fazer uso disso – da integração dos serviços de urgência e emergência. Riquena destacou que, sempre que tiverem dificuldades para acionar o 192, as pessoas devem ligar para outros telefones.

Sendo assim, os chamados podem ser feitos para o 193 (bombeiros) e, até mesmo, ao 190 (Polícia Militar). “Os serviços são integrados. Temos os números de emergência, mas a comunicação interna. Então, se não conseguir falar com um órgão, a pessoa pode acionar o outro”, complementou.