Você e a Acessibilidade

Era-me impossível dizer às pessoas: – “fale mais alto, grite, porque sou surdo”. Como eu podia confessar uma deficiência do sentido que em mim deveria ser mais perfeito que nos outros, um sentido que eu antes possuía na mais alta perfeição?”
Ludwig van Beethoven

Você e a Acessibilidade

O que é a acessibilidade para você? A primeira coisa que a gente pensa são rampas de acesso, vagas exclusivas no estacionamento, assento preferencial no ônibus.

Essas coisas realmente tornam os lugares mais acessíveis, mas será que acessibilidade é só isso? As pessoas com deficiência encontram diversos obstáculos no dia a dia, que vão muito além do espaço físico.

As barreiras que a acessibilidade precisa transpor são variadas, e hoje vamos uma ideia sobre os três principais grupos: as arquitetônicas, as comunicacionais e as atitudinais.

As barreiras arquitetônicas são todo tipo de obstáculo que impede as pessoas de desfrutarem e ocuparem o espaço físico. Elas são as mais fáceis de identificar e estão presentes tanto nas residências e estabelecimentos comerciais quanto no espaço público.

O que pouca gente repara é que a forma como são feitas as ruas, calçadas e faixas de pedestres também é muito importante. Quem depende de muletas ou cadeira de rodas, por exemplo, precisa pensar bem no caminho que vai fazer antes de sair de casa.

A locomoção também é importante nos ambientes fechados como lojas comerciais, museus e escolas, onde a disposição dos móveis e objetos pode facilitar ou dificultar o deslocamento. Outro aspecto que complica a vida das pessoas com deficiência a comunicação.

Ela é uma barreira quando as informações não estão disponíveis para todos, seja porque não existem ou porque não são apresentadas de forma acessível.

Na comunicação interpessoal: Quando, por exemplo, você vai conversar com um surdo e não sabe Libras, a comunicação fica comprometida de uma forma bem óbvia.

Além disso, um problema frequente são os erros na forma de se dirigir às pessoas com deficiência que são chamadas frequentemente de pessoas com deficiência, por exemplo.

Na comunicação escrita:- Quando informações importantes não estão disponíveis em Libras ou em Braile, o que acontece bastante em bibliotecas, placas de sinalização e até mesmo em sites!

Nos espaços virtuais: – Quando não há acessibilidade digital, ou seja, quando os sites não permitem que certas pessoas acessem suas informações.

Também entra aqui a falta de tradução automática, de áudio-descrição e de textos alternativos nas imagens. Muita gente acha que deixar um site acessível é um trabalho difícil e que não vale à pena de se realizar. Mas, seguindo algumas dicas simples o processo fica fácil e traz resultados incríveis

As barreiras mais difíceis de se perceber são erguidas por nós mesmos. Mas, por sorte, elas são as mais fáceis de se derrubar, e as que trazem o maior impacto para a vida das pessoas.

Algumas das nossas atitudes com as pessoas com deficiência podem reforçar as barreiras de comunicação e arquitetônicas. É importante que se conheça bem sobre acessibilidade.

Porém a partir do conhecimento da acessibilidade inclusiva a pessoa passará a olhar diferente aos portadores de deficiência, porque este, traz a compreensão de que o portador de deficiência, ou com mobilidade reduzida, dependendo do grau de interferência da imobilidade ou deficiência, dependerá apenas de acesso para desenvolver suas atividades podendo tanto tornar-se mero contribuinte produtor de serviço e renda, sem contar que por outro lado, é também ser humano que merece dignidade de valor humano justo.