Viver em Sociedade!

Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.
Paulo Freire

Viver em Sociedade!

Os seres humanos não conseguem viver isoladamente. No decorrer de nossas vidas, vamos desenvolvendo uma série de habilidades para nos relacionar com o mundo que nos cerca.

Assim formamos o nosso jeito de ser, nos desenvolvemos intelectualmente e aprendemos a viver com outras pessoas, das quais necessitamos para concretizar nossos projetos.

A “descoberta” do mundo externo começa na família. A família é o primeiro grupo do qual cada um de nós participa. Depois, vem a escola. Esses dois grupos sociais influenciam bastante nossas vidas. Daí a importância deles na formação das pessoas.

Desde o nosso nascimento, várias pessoas passam a fazer parte de nossas vidas e com elas vamos desenvolvendo muitos tipos de relações.

Relacionamo-nos por amizade, por motivos de estudo, para participar de associações de diversos tipos como: moradores de um bairro ou de um condomínio; um clube, para desenvolver atividades profissionais, etc.

Para se desenvolver de forma equilibrada, a pessoa precisa se comprometer, se adaptar, ceder. Tudo isso não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para o outro.

A vida em sociedade fica mais fácil quando entendemos que dependemos uns dos outros para viver melhor, e que juntos somos mais fortes.

Os seres humanos não vivem juntos apenas por escolha, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade.

Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão, por não ter com quem compartilhar idéias, dar e receber afeto. Poderia até mesmo enlouquecer.

Portanto, as pessoas satisfazem suas próprias necessidades vivendo em sociedade. Quando a auto-estima a visão que a pessoa tem de si mesma é positiva, o relacionamento em sociedade torna-se mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social alimenta a auto-estima positiva.

Para manter um bom relacionamento com as outras pessoas são necessárias algumas condições básicas: sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos auto-estima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e desconfianças que temos a respeito de nós mesmos.

Em sociedade o eu e o outro sempre se relacionam, e as necessidades sociais vão sendo estabelecidas. Elogiamos e somos elogiados; compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos valorizados.

Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós; discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte de nossa vida e nossa vida é parte do outro.

Muitas pessoas se queixam de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra?

A necessidade de nos mantermos unidos a outros seres humanos não é um capricho ou um desejo individual, é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e referendada pela razão.

Aproveite para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se como ser humano. Assim, você estará sempre motivado para praticar o bem e para o bem-estar de si mesmo e de todos os que convivem com você em sociedade.