Virose: sintomas, tratamento e prevenção

Ultimamente têm sido bastante frequentes as viroses que afetam o sistema gastrintestinal. Entenda mais sobre a virose, doença comum que afeta o sistema digestivo, e saiba como tratar seus sintomas.

O que é virose?

Primeiro, vale dizer que toda doença provocada por um vírus pode ser chamada de virose. É uma maneira genérica de chamar doenças quando não se consegue confirmar o vírus causador. Ao se descobrir o vírus, aí, sim, o problema é chamado pela denominação específica: dengue, catapora e herpes são viroses. A gripe também é uma virose.  No verão, no entanto, as viroses mais comuns são as gastrointestinais (normalmente causadas pelo norovirus) – aquelas que fazem mal ao trato digestivo, causando diarreia, febre, dor abdominal + náuseas e vômitos ou enjoo. É sobre elas que falaremos.

Quais as mais comuns?

Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:

Rotavirus – é uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos dois meses e a segunda, aos quatro. Com a vacinação, feita atualmente nos postos de saúde, os surtos de rotavirus, aos dois e quatro meses de idade, diminuíram bastante os casos em nosso meio.

Norovírus – menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia). Ultimamente tem dado um surto em famílias inteiras.

O que ela provoca?

Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias.

Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido – principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo. 

Como ocorre o contágio?

Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano.

No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados. No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas.  Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes, e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus. 

Como devo tratar?
Receita de soro caseiro

O importante é procurar um médico para o tratamento, pois pode se tornar uma doença grave e levar a óbito. O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (tratar os sintomas).

Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre – conforme a orientação médica, e principalmente “cortar” o vômito! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido – água e água de coco são boas opções.

Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro endovenoso no hospital ou pronto-socorro, com atendimento médico. Soro por via oral é possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa (soro caseiro).

Receita de soro caseiro:

Um litro de água filtrada ou fervida, uma colher (sopa) de açúcar, uma colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado. Beber à vontade.

Como posso prevenir?

  1. 1. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.
    Beba água mineral ou previamente fervida.
    3. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro.

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br

* Médico pediatra com título de especialista em pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e diretor clínico da Alergoclin Cevac de Tatuí