Violência tem queda em 12 classificações

Ações conjuntas contribuíram para redução dos índices (foto: PM SP/Foco)

A violência no município diminuiu entre os meses de janeiro e agosto de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. A informação consta em balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, referente aos primeiros oito meses do ano.

Segundo levantamento realizado pelo órgão, a queda é constatada em 12 classificações de ocorrências policiais. A maior queda aconteceu nos casos de furtos em geral, que caíram de 687 no ano passado para 537 neste ano.

Os números também apontam queda de furto de veículos. Foram registrados 110 casos em 2018, contra 93 nos oito primeiros meses deste ano. Já os casos de roubos de veículos caíram de 25 para 16.

A redução também foi contabilizada no número total de ocorrências de roubo (incluindo a banco e de carga), que caiu de 102 para 82 casos.

Na tabela divulgada pelo órgão estadual, os índices em relação ao trânsito também apresentaram queda. O número de lesões corporais culposas envolvendo veículos, com feridos em acidentes e atropelamentos, caiu de 132 para 55.

Nos casos de homicídio culposo por acidente de trânsito (quando não há intenção), a aferição indicou sete para seis. Entre os homicídios dolosos envolvendo pilotos de veículos e vítimas de homicídio doloso por acidente, não houve casos registrados nos dois anos.

Os crimes contra a vida ainda apresentaram queda nos casos de homicídio doloso. Foram cinco no ano passado, enquanto que, em 2019, aconteceram três, com essa mesma redução no número de vítimas.

O município não contabilizou nenhuma ocorrência de lesão corporal seguida de morte. No mesmo período, também ocorreu queda nos registros de lesão corporal dolosa, de 278 para 265 casos, e lesão corporal culposa, de quatro para nenhum caso neste ano.

Outras sete naturezas criminais, no entanto, seguiram na contramão e tiveram aumento. O número total de estupros foi o mais numeroso, com crescimento de 35 para 45 casos.

Em 2018, nove pessoas registraram violência sexual, enquanto que, em 2019, o número chegou a 12. Os crimes desta natureza que vitimaram menores de idade e pessoas tidas como vulneráveis subiram de 26 casos, em 2018, para 33, neste ano.

Os dados da Secretaria de Segurança ainda mostram acréscimos nos números de homicídio culposo. Em 2018, não houve registro dessa natureza; já em 2019, ocorreram dois casos. O número de tentativas de homicídio também subiu, de quatro para dez neste ano.

Já os casos de latrocínio permaneceram equivalentes, com um caso em 2018 e outro em 2019, o mesmo cálculo apresentado nos casos de vítimas em latrocínio.

Os dados divulgados pela secretaria trazem, ainda, mapeamento da produtividade dos órgãos de segurança – das polícias Civil e Militar – no município. De janeiro a agosto deste ano, foram instaurados 857 inquéritos policiais e registrados 404 flagrantes.

Ainda segundo a mesma fonte, houve 37 casos de porte de entorpecentes, 266 de tráfico de drogas e 16 de porte ilegal e 17 armas apreendidas.

No mesmo período, foram apreendidos 141 menores de idade em flagrante e presas 522 pessoas em flagrante. Também de janeiro até agosto deste ano, outras 170 pessoas acabaram detidos por mandados de prisão.

A quantia de prisões em flagrante chegou a 574 nos primeiros oito meses. No mesmo período, as forças de segurança ainda registraram a recuperação de 23 veículos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as estatísticas oficiais de criminalidade são utilizadas regularmente para retratar a situação da área, mas os dados oficiais de criminalidade estão sujeitos a uma série de limites de validade e confiabilidade.

Para que um crime faça parte das estatísticas oficiais, são necessárias três etapas sucessivas: ser detectado, notificado às autoridades policiais e, por último, registrado em boletim de ocorrência.

Pesquisas de vitimização realizadas no Brasil sugerem que, em média, os organismos policiais registram apenas um terço dos crimes ocorridos, percentual que varia de acordo com o delito.

A SSP esclarece que, por estas e outras razões, nem sempre o aumento dos dados de criminalidade oficiais pode ser interpretado como piora da situação de segurança pública.

Ao contrário, nos locais onde é grande a “cifra negativa”, o aumento nos crimes notificados é considerado indicador positivo de credibilidade e performance policial.

Para o diretor municipal da Segurança Pública, Francisco Carlos Severino, os índices representam melhora na sensação de segurança.

A O Progresso, ele destacou que a Guarda Civil Municipal e as outras forças de segurança, como a Polícia Militar, a Polícia Civil e outros órgãos municipais, estão “engajados na redução dos índices de criminalidade”.

“Hoje, nós trabalhamos com índices estatísticos, conseguimos mensurar os horários e locais em que ocorrem os crimes e fazer um direcionamento das viaturas em um trabalho planejado em conjunto com a PM e a PC. Ou seja, é uma união de forças que faz com que a gente tenha este resultado”, afirmou o diretor.

Severino ainda atribui os resultados a investimentos que a prefeitura tem feito dentro da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, lembrando que, na semana retrasada, a GCM recebeu 38 novos rádios comunicadores.

Ainda conforme o diretor, no ano passado, a prefeitura entregou, aos agentes, 150 conjuntos de fardas, 49 coletes balísticos e 170 botas. A prefeitura afirma que, no material entregue, o investimento foi de cerca de R$ 218 mil, sendo que, aproximadamente, R$ 100 mil foram usados na aquisição dos rádios.

“Com isso, a gente vê a vontade da prefeita em investir em segurança, melhorar o atendimento à população e dar qualidade ao trabalho dos agentes. É um investimento muito significativo e que traz resultados como a queda dos índices de criminalidade”, afirmou o diretor.

Segundo ele, a GCM tem uma porcentagem significativa no número de atendimento de ocorrências do município. O diretor ressalta que estão disponíveis, para o atendimento, diversas motos, viaturas e ronda ciclística, que é realizada no centro da cidade.

“A gente só consegue coibir esses números com um trabalho preventivo e bem planejado. É meta da prefeita (Maria José Vieira de Camargo) conseguir isso, e todo este investimento é importante para garantir a qualidade no resultado estatístico”, concluiu o diretor.