Vereadores pedem manutenção em ruas





A segunda sessão ordinária da Câmara Municipal em 2016 foi marcada pela leitura de requerimentos e críticas de vereadores à situação das praças e do pavimento das ruas da cidade. A sessão foi integralmente destinada à apreciação de requerimentos e não teve votação de projetos de lei.

O vereador Oswaldo Laranjeira Filho (PT) criticou a tramitação dos projetos de lei nas comissões, “que demoram a ser votados em plenário”, apontou. O representante cobrou celeridade e que sejam estabelecidos prazos para as matérias.

“Eu e vários vereadores apresentamos projetos de lei que sequer foram votados. Gostaria de pedir à presidência que cobre celeridade das comissões”, disse.

O vereador Carlos Rubens Avallone Júnior (PMDB) pediu que a Prefeitura realizasse a iluminação de uma das quadras de tênis da praça Ayrton Senna. De acordo com o vereador, os postes para a instalação das luzes já foram colocados, entretanto, as lâmpadas ainda não instaladas.

“São três quadras no local. A primeira está sem iluminação e a terceira precisa de manutenção. A Além disso, a calçada de um dos lados da praça está com buracos e precisa ser arrumada”, afirmou.

O vereador disse que a Prefeitura “precisa dar o exemplo e fazer a limpeza das praças, em tempos de total vigilância contra o mosquito Aedes aegypti”.

“É só limpar a praça. Isso já vai matar mosquito, deixar as pessoas felizes. Menos pessoas doentes. Mosquito gosta de lugar escuro e sujeira”, afirmou.

Avallone elogiou o AME (Ambulatório Médico de Especialidade) de Piracicaba. “Fui conhecer outro AME em Piracicaba, que é fantástico. É um AME cirúrgico, vinculado à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Lá só se faz cirurgia, é 100% de resolutividade”, declarou.

Segundo o vereador, Tatuí teve a oportunidade de receber um AME no passado, mas “acabou perdendo para Itapetininga”.

O vereador José Márcio Franson (PT) não apresentou requerimentos, entretanto, fez uso da tribuna para criticar a “forma que a política é feita na cidade”.

Ele disse que a Câmara precisa estar “mais perto” da população e criar comissões com a participação da sociedade para “avaliar os problemas municipais, problemas políticos, de forma a subsidiar os vereadores com sugestões”.

Franson disse que a Câmara poderia “evoluir” para um ambiente de debates que pudesse contemplar maior número de vereadores, sem remuneração, e ter a participação de munícipes até pela internet.

“Bobagem dizer que vereador fiscaliza prefeito. Não tem como fiscalizar. Não tem meios para isso. Isso é balela. Vereador é pouco mais do que figura decorativa na cidade”, declarou.

A fala de Franson gerou reações de outros vereadores. Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB), que discursou em seguida, discordou do colega.

“Aqui, o vereador não é uma figura decorativa. Estou sempre fazendo a minha parte. Quando faltam instrumentos para fiscalizar o Executivo, a gente procura o Ministério Público, e vamos fiscalizar com o que a gente tem”, afirmou.

Antônio Marcos de Abreu (PP) também criticou o colega e fez a leitura do regimento interno da Câmara, dizendo que os representantes têm poder de fiscalizar o Executivo.

“Ele disse que tem que criar comissões, não tem que criar comissão nenhuma. Tem que conhecer o regimento interno porque existem essas comissões”, criticou.

Abreu disse que o discurso de Franson era “estranho”. “Os vereadores, aqui, trabalham, e bastante. Vão buscar recursos fora e fazem a fiscalização”.

Para o vereador Fábio José Menezes Bueno (Pros), a população poderia ter maior conscientização no combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

O edil disse ser comum se deparar com entulhos jogados nas beiras de estradas rurais, objetos que podem acumular água e se tornarem criadouros do mosquito.

“Embora toda a imprensa e televisão estejam falando sobre a transmissão do mosquito da dengue, a população continua jogando lixo e entulho nas estradas e na periferia da cidade”, disse.

Para o vereador, o foco principal do combate ao mosquito que transmite a dengue, a zika e a febre chikungunya deve ser educativo, para, posteriormente, poder-se fazer a fiscalização e uma possível punição.

“Creio que seja o momento para tomar providências para educar; depois, fiscalizar, punir e multar aqueles que sejam pegos descartando entulho em local inapropriado”, afirmou.

Márcio Antônio de Camargo (PSDB) reclamou da “morosidade com que as obras da Prefeitura são feitas”. Ele cobrou promessas de campanha do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, como o tombamento e a revitalização de construções históricas, apresentações artísticas nos bairros da cidade e implantação de oficinas de artes para crianças.

“O prefeito prometeu que iria fazer uma creche-escola na zona rural do município. Cadê essa creche, que até agora não foi feita?”, acrescentou Camargo.

Por sua vez, as críticas do vereador Alexandre de Jesus Bossolan (DEM) abordaram a piscina pública localizada ao lado do Neban.

“A piscina pública, que poderia servir à população está fechada, abandonada. Seria uma área para realização de atividades esportivas, para utilização dos atletas e até mesmo dos alunos do Neban, que está ao lado”, afirmou.

O vereador disse que, se a piscina estivesse em funcionamento, poderia servir como local de lazer para a população que não tem acesso a clubes privados.

O vereador Valdeci Antônio de Proença (PSB) pediu um cronograma das obras de infraestrutura que serão realizadas com a verba de R$ 5 milhões liberada pelo Ministério das Cidades, pelo PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento). O anúncio foi feito em dezembro, durante a visita do ministro Gilberto Kassab a Tatuí.

“Este dinheiro já está disponível para as obras de infraestrutura? Quando será feito o uso deste dinheiro?”, questionou.

Proença ainda reclamou do que chamou de “estado de total abandono” da cidade, “com ruas esburacadas, praças sem manutenção e mato alto”.

A promessa de casas populares também foi alvo de questionamento do representante. Segundo ele, muitas famílias esperam o sorteio das casas.

Outra cobrança do vereador é relativa à construção de uma creche no Jardim Santa Emília, que teria sido prometida pelo prefeito Manu.