‘Verão do Santa Cruz’ reúne dez equipes

 

O que começou sendo motivo de queixa de um dos dirigentes do Vitória/Santa Rita – o tempo–, terminou gerando alegria para a equipe na disputa que encerrou a primeira semana do “Campeonato de Verão do Santa Cruz”. Com uma “ajudinha a mais”, o time conseguiu vencer o União da Vila Esperança na noite de quinta-feira, 15. O apoio, segundo Bahia, veio do vento.

Realizada no Estádio “Menotti de Campos”, a partida deu sequência ao torneio de futebol de campo que, neste ano, reúne dez agremiações. Além das duas equipes, brigarão pelo título FBA, Inocoop, Áz de Ouro/Central das Águas, Amizade F. C., Askov, Lanchonete do Gordo/Vila Angélica, Gângsters e Calhas Alpha.

Os times iniciaram as partidas no dia 12, sob a coordenação de Samuel Gimenez, o “Terto”, e de Wagner Barros, o popular “Waguinho”. Na abertura, o Inocoop venceu a FBA por 1 a 0, com gol de Dieguinho, de pênalti. Na noite de terça-feira, 13, o Áz de Ouro empatou por 1 a 1 contra o Amizade F. C.

No tempo regulamentar, os gols foram marcados por Docinho, de falta para o Amizade, e por Felipe, de pênalti, para o Áz de Ouro. A decisão teve de ser feita nos penais e por mais de uma vez. A primeira terminou empatada por 3 a 3; a segunda resultou na vitória do Amizade, por 8 a 7 nas cobranças alternadas.

O terceiro jogo da edição 2016 trouxe “fortes emoções” para o público, dirigentes e para os organizadores. Em campo, a Vila Esperança e o Santa Rita mostraram garra, trocaram empurrões e reclamações sobre a arbitragem. Na arquibancada, a torcida mesclou vermelhe e azul, com vaias e aplausos.

“Nós esperávamos um pouco mais de torcedores da vila Angélica (que vestiu azul) por ser mais tradicional. Inclusive, na edição passada, o público dessa equipe foi premiado como o melhor do campeonato”, comentou Terto.

Para o organizador, o frio interferiu na lotação máxima. Ainda assim, a arquibancada ficou praticamente coberta. Os torcedores pagaram ingressos no valor de R$ 2 (homens) e R$ 1 (mulheres e idosos). Portadores de necessidades especiais tiveram entrada franca. As partidas iniciam sempre às 19h.

O horário é considerado “convidativo” para o público, conforme Terto. O organizador contou que a ideia da disputa era justamente aproveitar a noite para oferecer mais opção de prática esportiva – para os atletas – e de diversão – aos torcedores. “Desde 1984 é assim. Nós paramos por algumas edições, por questões internas, mas retomamos hoje com força total”, complementou.

A terceira partida da “versão 2016” da disputa sofreu interferências do clima. Bahia, dirigente do Santa Rita, chegou a reclamar da dificuldade enfrentada pela equipe por conta da direção do vento. A equipe ocupou, no primeiro tempo, o lado “contrário às correntes de ar”, o que dificultaria precisão nos chutes.

Mesmo em desvantagem, Joninha abriu o placar para o Santa Rita, no primeiro tempo. Pressionando, a Vila Esperança deixou tudo igual, com Cassinho. “O vento está favorável a eles, porque os nossos jogadores batem, mas a bola não vai. Eles batem e ela vai longe, mas isso deve mudar no segundo tempo”, disse Bahia.

O presságio de Bahia se concretizou em dois gols, sendo um anulado. Buscando resultados, os jogadores de ambas as equipes se excederam, o que rendeu duas expulsões. A arbitragem comandada por Tiago Felipe, com auxílio de Sandro Apolinário e de Giovani chegou a cancelar um gol do Santa Rita.

Ajudada “pelo vento”, a equipe conseguiu fechar o placar com Barata. O jogador que garantiu a vitória para o Santa Rita precisou deixar o campo instantes depois do tento por conta de uma “entrada mais forte” de um adversário.

O resultado favorável não agradou os dirigentes da equipe vencedora que esperavam um placar mais elástico. O time – que também acumula o título de campeã de outro torneio (o Verão do São Martinho) – conhecerá o próximo adversário só na semana que vem, quando serão realizadas novas partidas.