Vacinação contra a raiva animal supera expectativas, diz Zoonoses





A campanha de vacinação contra a raiva animal, realizada desde o dia 26 de outubro na cidade, superou as expectativas da equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Segundo o veterinário responsável pela ação, Evaldo Campos, foram vacinados 3.940 animais, entre cães e gatos.

Segundo as estimativas da Secretaria de Estado da Saúde, Tatuí tem 27 mil cães e 4,5 mil gatos. A meta é chegar a pelo menos 80% desse total.

A campanha será realizada até o dia 4 de dezembro, com vacinação das 8h às 16h. Os bairros que já receberam as equipes da CCZ foram: Santa Rita, Rosa Garcia (vila Ezequiel), vila Menezes, Santa Cruz, Valinhos e Jardim Lucila.

Estão ainda agendadas vacinações, nos dias 16 e 17 de novembro, no bairro CDHU, em frente ao Centro de Capacitação do Fundo Social; nos dias 19 e 20 de novembro, na vila Esperança, em frente à Igreja São José Operário; nos dias 23 e 24, no Jardim Tókio, em frente à escola “Semíramis Turelli Azevedo”; nos dias 26 e 27, na vila Doutor Laurindo, na praça Ayrton Senna; nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, na vila Angélica, atrás do posto de saúde; e, finalmente, nos dias 3 e 4 de dezembro, no centro, na avenida da Mangueiras, ao lado do Projeto Melhor Idade.

De acordo com o veterinário, no Santa Rita, primeiro bairro a receber a campanha, foram vacinados 1.271 cães e 430 gatos. Eram esperados pouco mais de mil animais, segundo estimativa da Zoonoses.

“Os primeiros dias acabam sendo menos movimentados, mas, no segundo dia, pelo boca a boca da população, o movimento quase triplica. Então, compensa”, afirmou.

No bairro Rosa Garcia, foram imunizados 925 animais (730 cães e 195 gatos); no vila Menezes, 306 animais (250 cães e 56 gatos); no Santa Rita, 469 animais (400 cães e 69 gatos); e no Valinho 536 animais (468 cães e 68 gatos).

“Tivemos um número de vacinação acima da média. Isso se deve à divulgação da campanha nos bairros e à preocupação dos moradores em manter a saúde do animal”, afirmou.

É o que fez Antonio Benedito, que tem três cães em casa. Na ocasião, ele levou os animais para tomar a vacina. Segundo orientação, Benedito teve que colocar coleiras e guias nos cachorros.

De acordo com o morador do Jardim Lucila, ele soube que a campanha de vacinação estaria no bairro naquele dia, porque ouviu um carro de som anunciando-a.

Campos informa que a vacina deve ser aplicada anualmente em todos os animais acima de três meses, incluindo fêmeas que estão amamentando, grávidas ou no cio.

Ele informa, ainda, que os cães e gatos devem estar em perfeito estado de saúde e sem consumir antibióticos ou anti-inflamatórios. A ação é importante para manter o controle da raiva no município, que há 15 anos não registra casos de raiva em cães e gatos.

A doença fatal é causada por um vírus e acomete mamíferos, como cães, gatos, bois, cavalos, porcos, morcegos e também o homem. Ela é transmitida principalmente pela mordedura e também por arranhões, unhadas ou lambidas de animais doentes.

Segundo o veterinário, quando uma pessoa é agredida por um animal, é importante lavar bem a ferida com bastante água e sabão e procurar imediatamente uma unidade de saúde. A recomendação é não matar o animal e pedir orientação ao Centro de Controle de Zoonoses.

Campos afirmou que a Prefeitura importou as vacinas antirrábicas de um laboratório francês. “Elas são de qualidade e garantirão a saúde do animal”, salientou.

“Sabemos que, em 2010, uma vacina nacional antirrábica causou problemas nos animais, inclusive levando alguns a óbito. Dessa vez, as vacinas são importadas e não terão reação nos animais”, frisou.

Segundo o veterinário, depois desse episódio, a vacinação foi interrompida nas regiões que tiveram problemas e os órgãos públicos tiveram que suspender a distribuição da vacina.

Zona rural

A zona rural também foi contemplada com a campanha de vacinação contra a raiva animal. A ação, que começou no dia 24 de outubro de 2014 e foi até o dia 18 de junho de 2015, passou pelos 32 bairros da região e vacinou 7.149 animais.

Em seguida, a campanha atendeu aos bairros periféricos da cidade. A equipe da Zoonoses percorreu 22 bairros do dia 19 de junho até o dia 14 de setembro. Foram vacinados 3.940 cães e gatos.

De acordo com a escriturária da Zoonoses, Patrícia Mota, a ideia foi, primeiramente, alcançar os animais domésticos dos bairros mais distantes.

“Por essa razão, o Centro de Controle de Zoonoses elaborou um cronograma de imunização dos bairros rurais e dos bairros periféricos”, acrescentou.

Ainda segundo Patrícia, o CCZ são unidades de saúde pública que têm, entre suas funções, o controle da propagação de zoonoses, que consistem em doenças transmissíveis de animais para humanos.

Para este ano, as campanhas de prevenção de doenças transmitidas pelos animais já foram finalizadas. Segundo Patrícia, não há ainda um cronograma para o ano que vem, mas ela garante que, devido ao sucesso das últimas campanhas, a ideia é que a Zoonoses continue trabalhando com postos de vacinação em toda a cidade.