UPA poderá absorver até 85% dos atendimentos do Pronto-Socorro

Unidade de Pronto Atendimento 24 horas deverá ser concluída em até 12 meses (foto: Gabriel Guerra)

Fundamental para a estrutura da Saúde da cidade, a obra de construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento, que funcionará 24 horas diariamente, deve ser retomada após a realização do processo de licitação, marcado para este dia 22, às 13h30.

O certame visa à contratação de empresa especializada na prestação de serviços de engenharia para a realização do término da UPA, que está sendo construída na rua Quim Quevedo com a avenida Domingos Bassi. O prazo para complemento da obra é de 12 meses.

No final de janeiro, o “Diário Oficial” do Estado de São Paulo publicou a rescisão contratual unilateral, após laudos técnicos, entre a Prefeitura de Tatuí e a empresa que estava construindo a UPA.

As empresas interessadas em participar da concorrência deverão apresentar a documentação a ser analisada pela comissão de licitação da Prefeitura.

Segundo o secretário da Saúde, Jerônimo Fernando Dias Simão, o Sismob (Sistema de Monitoramento de Obras) – dispositivo informatizado desenvolvido pelo Ministério da Saúde para cadastro e análise de propostas de projetos de saúde e monitoramento da execução de obras de transferência fundo a fundo – indica que 62% das obras da UPA já foram realizadas.

A Unidade de Pronto Atendimento tem objetivo de desafogar os atendimentos no Pronto-Socorro “Erasmo Peixoto”. O secretário avaliou que 85% dos atendimentos realizados atualmente no local não deveriam acontecer lá.

“A UPA vai acabar atendendo essa demanda de 85% de pessoas que vão ao pronto-socorro e não são casos de pronto-socorro”, definiu Simão.

A construção terá um custo total de mais de R$ 2,3 milhões e prevê a instalação da fundação térrea, superestrutura térrea, paredes e painéis, esquadrias de madeira, ferragens, esquadrias de alumínio, vidros, cobertura metálica, impermeabilização, revestimentos de teto e parede, revestimento de piso, pavimentação externa, instalação de água e esgoto e sistema de combate a incêndio.

Mesmo após a construção da UPA, o pronto-socorro continuará realizando os atendimentos normalmente.

“O PS vai continuar atendendo situações de urgência e emergência, que são os 15%. A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas vai atender os 85% que procuram o pronto-socorro pela falta de uma unidade de pronto atendimento 24 horas. Então, a UPA vem para somar nos serviços de saúde”, explicou Simão.

O projeto também vai contemplar a instalação de louças e metais, instalação elétrica, pintura, limpeza final e a realização de serviços complementares, com o plantio de árvore e grama, alambrado, divisórias e portão de ferro.

Em Tatuí, a UPA está contemplada como “Porte II”, que tem o mínimo de 11 leitos de observação, capacidade de atendimento médio de 250 pacientes por dia e área de abrangência de cem mil a 200 mil habitantes.

As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2008 e que visa estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências.

O atendimento dessas unidades acontece 24 horas por dia, sete dias por semana, com capacidade para resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.

Mesmo possuindo estrutura simplificada, a unidade é equipada com raio-X, eletrocardiograma, pediatra, laboratório de exames e leitos de observação.

Compete à UPA acolher os usuários e seus familiares; trabalhar articulada com a rede de Atenção Básica, Samu 192, hospitais, apoio diagnóstico e terapêutico, “construindo fluxos de referência e contrarreferência” assistidos pelas Centrais de Regulação.