União por Tatuí­





Em sintonia com o esperado – e cobrado – pela imensa maioria dos tatuianos – tal os brasileiros como um todo com relação ao país -, a prefeita Maria José Vieira de Camargo iniciou o mandato acentuando, já desde o discurso de posse, as premissas de se governar com “transparência” e união em favor dos interesses públicos.

Justamente essa sintonia pode ser muito produtiva ao município, posto ser essencial à conquista de apoios, tanto da população quanto dos políticos, especialmente os da oposição.

Estando clara a intenção de se trabalhar em favor da cidade, certamente, não haverá quem se posicione contra. E, convenhamos, a despeito das condições que levaram o município a ter de superar tantos desafios em 2017, fato é que já existe unanimidade sobre os anseios de mudança, de recuperação, de reconquistas.

Também a ênfase na transparência é compreensível e natural, principalmente em virtude das manifestações e clamores populares instigados há tempo pela Operação Lava-Jato em todo o país e, ainda, de certa forma, pelo furor investigativo – eventualmente, até condenatório – promovido pela Justiça.

Para quem possui biografia translúcida, como a da prefeita Maria José, é ainda mais natural caber especial cuidado para com a lisura na gestão pública, daí a recorrência ao compromisso de transparência.

Outro aspecto destacado – também ao encontro das expectativas unânimes – indica o objetivo de um “pacto pela reconstrução”. Isso implica na consciência de que as tão esperadas reconquistas, no mínimo, serão menos sofríveis se houver muito mais gente ajudando que atrapalhando.

Em outras palavras – com o perdão do lugar-comum démodé -, a união faz a força! E Tatuí necessita, muito, da união de políticos mais abnegados e menos partidários para superar seus desafios.

Da mesma forma, ganharia muito com a inibição de especuladores – que só lucram canibalizando com a crise – em favor dos empreendedores, os quais têm coragem para arriscar investindo e, por consequência, criando empregos.

“Sei que não vai ser fácil, mas uma coisa posso garantir: não tenho medo de desafios. Aliás, tenho convicção de que são os desafios que nos fazem avançar. E, para avançar de verdade, para colocar a nossa cidade de novo no eixo, vou precisar do apoio de cada um de vocês”, disse a prefeita, no discurso de posse.

Propondo a celebração de um “amplo pacto com a finalidade de reconstruir o município”, Maria José reforçou a ideia de que não se pode governar sem apoios. “Precisamos fazer um amplo pacto pela reconstrução”, declarou.

De acordo com a prefeita, a nova administração procurará unir partidos, ideologias, classes sociais, setores produtivos e crenças. “E, neste pacto, o exemplo tem de vir primeiro de nós, os políticos”, apontou.

Também como objetivo de governo, a prefeita afirmou que buscará “a pluralidade”, sustentando que vai “trabalhar pela inclusão, transparência, e não olhando para a cor da camisa de ninguém”. Disse, ainda, não admitir que o futuro da cidade seja “negociado em troca de favores e vantagens políticas”.

Maria José se comprometeu a imprimir uma “prática de gestão moderna e eficiente”. Para isso, voltou a mencionar que modernizará o “Portal da Transparência”.

A partir deste mês, a prefeita sustentou que precisará se dedicar aos “problemas imediatos” e que está consciente das dificuldades a serem enfrentadas.

Em afinação a Maria José, o vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva também salientou que “o governo não aceitará a corrupção” e que vai trabalhar para realizar as promessas de campanha.

Ainda sublinhou a pretensão de transparência e, tal a prefeita, reforçou a importância da aliança. “Somente tendo esta união teremos uma cidade melhor”, apontou.

Maria José ainda vaticinou: “Daqui a quatro anos, quero ser cobrada pelos meus compromissos assumidos com a população. Daqui a quatro anos, quero que a saúde pública de Tatuí seja vista com outros olhos por seus usuários. Daqui a quatro anos, queremos uma educação que seja exemplo para outras cidades da região”.

Com muito trabalho, boas intenções, competência e a necessária conciliação que a união ampla exige, certamente, a cidade pode ter sucesso bem antes de quatro anos. Que assim seja!